O sentido da existência
Deus é o sentido da existência humana. A realidade do ser
humano não compreender sua existência, o inconsciente que é um universo enorme,
coberto pela consciência tão minúscula, busca sentido para seu existir, o
motivo de seu fim último e a causa maior do que acontecerá.
Esta é a causa motor e o princípio maior que move o
inconsciente e o faz, pelo arquétipo da sombra, mover-se e se perturbar,
formando os conteúdos para suas neuroses e psicoses, ou seja, suas doenças
tanto em plano psíquico, quanto fisiológico.
Segundo Gustav-Jung, a consciência, categoria minúscula
encobre o inconsciente que é um universo imensamente infinito. Entre a
personalidade – o que nos mostramos de nós ao mundo – e a consciência está o
“eu” como complexo e centro da consciência. A sombra está dentro da própria
personalidade e emite raios que atinge o eu a partir do material imaterial que
repousa no inconsciente pessoal, a consciência que contém o eu cobre o
inconsciente e o eu não consegue, por essa consciência cobrir o inconsciente,
enxergar o material inconsciente e, por isso a razão da existência da sombra:
isto é a sombra, ou seja, aquilo de que a consciência não é capaz pelo eu que
não enxergar o que há de necessário ser enxergado pela consciência e, a
personalidade, torna-se aquilo que é filtrado por si mesma, a sombra é,
fundamentalmente a energia de raios que projetada do inconsciente, significa a
força que faz a unidade: consciência – eu – personalidade, isto é um processo
de totalidade ou significação do si-mesmo como símbolo da totalidade.
Neste contexto, é que a pessoa humana em seu âmago possui em
si o sentido de sua existência. Ser humano significa – se assim quisermos
ampliar o conceito de Gustav-Junguiano – um processo de integração do
consciente – eu – persona que, através da sombra, atinge a totalidade do self.
Assim é que podemos entender porque as pessoas quase sem
razão nenhuma, e é por não terem razão nenhuma, que se entregam e se alienam ao
qualquer sistema ou situação de alienação.
Esse conjunto de desencontro processual que ocorre no
emaranhado da história da psique de cada um entre o consciente – eu –
personalidade, emergido, mas não tocando o inconsciente é que resultam os
conteúdos das neuroses e das psicoses que, em nível fisiológico, podem quase
sempre resultar em doenças do corpo, um câncer por exemplo.
Dito isto, podemos melhor nos aproximarmos de uma fácil
percepção de que e o porquê o fanatismo aliena tanto e as causas secundárias
de busca de riqueza, sucesso e fama, status e dinheiro tomam contam e dominam a
pessoa humana; estas, todavia, são cargas emocionais, complexos – tomando
Gustav-Jung – que submetem as pessoas às suas irracionalidades e doença do
espírito que se comunicam pela subjetividade pessoal.
Desse e de quaisquer outros modos, o comportamento pela busca
do sucesso imoderado, pela ganância e riqueza exagerada ou toda e qualquer
atitude irracional como tais, se justificam na complexidade da psique
individual e se externalizam e se concretizam em sucesso – o mundo artístico;
em riqueza – o mundo evangélico; em poder – o mundo político; o que, em cada
indivíduo ou personalidade são sinalizados por suas patologias neuróticas e
psicóticas.
Quanto mais um indivíduo é mais individualista e se expressa
com toda a força de sua subjetividade, mas constitui ou se revela um sujeito
doente. Quanto menos enxergamos o outro, mais doente significamos estar.
Daí, podemos pensar em que nível se encontra a teologia da
prosperidade, o congresso nacional e os demais e variados comportamentos de
tantos individualistas produzidos na banalidade da vida do capitalismo pós
industrial e da globalização, os quais exemplos referidos, não integram sua
sombra no processo de saúde e felicidade coletiva.
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