domingo, 14 de agosto de 2016

O sentido da existência

Deus é o sentido da existência humana. A realidade do ser humano não compreender sua existência, o inconsciente que é um universo enorme, coberto pela consciência tão minúscula, busca sentido para seu existir, o motivo de seu fim último e a causa maior do que acontecerá.

Esta é a causa motor e o princípio maior que move o inconsciente e o faz, pelo arquétipo da sombra, mover-se e se perturbar, formando os conteúdos para suas neuroses e psicoses, ou seja, suas doenças tanto em plano psíquico, quanto fisiológico.

Segundo Gustav-Jung, a consciência, categoria minúscula encobre o inconsciente que é um universo imensamente infinito. Entre a personalidade – o que nos mostramos de nós ao mundo – e a consciência está o “eu” como complexo e centro da consciência. A sombra está dentro da própria personalidade e emite raios que atinge o eu a partir do material imaterial que repousa no inconsciente pessoal, a consciência que contém o eu cobre o inconsciente e o eu não consegue, por essa consciência cobrir o inconsciente, enxergar o material inconsciente e, por isso a razão da existência da sombra: isto é a sombra, ou seja, aquilo de que a consciência não é capaz pelo eu que não enxergar o que há de necessário ser enxergado pela consciência e, a personalidade, torna-se aquilo que é filtrado por si mesma, a sombra é, fundamentalmente a energia de raios que projetada do inconsciente, significa a força que faz a unidade: consciência – eu – personalidade, isto é um processo de totalidade ou significação do si-mesmo como símbolo da totalidade.

Neste contexto, é que a pessoa humana em seu âmago possui em si o sentido de sua existência. Ser humano significa – se assim quisermos ampliar o conceito de Gustav-Junguiano – um processo de integração do consciente – eu – persona que, através da sombra, atinge a totalidade do self.

Assim é que podemos entender porque as pessoas quase sem razão nenhuma, e é por não terem razão nenhuma, que se entregam e se alienam ao qualquer sistema ou situação de alienação.

Esse conjunto de desencontro processual que ocorre no emaranhado da história da psique de cada um entre o consciente – eu – personalidade, emergido, mas não tocando o inconsciente é que resultam os conteúdos das neuroses e das psicoses que, em nível fisiológico, podem quase sempre resultar em doenças do corpo, um câncer por exemplo.

Dito isto, podemos melhor nos aproximarmos de uma fácil percepção de que e o porquê o fanatismo aliena tanto e as causas secundárias de busca de riqueza, sucesso e fama, status e dinheiro tomam contam e dominam a pessoa humana; estas, todavia, são cargas emocionais, complexos – tomando Gustav-Jung – que submetem as pessoas às suas irracionalidades e doença do espírito que se comunicam pela subjetividade pessoal.

Desse e de quaisquer outros modos, o comportamento pela busca do sucesso imoderado, pela ganância e riqueza exagerada ou toda e qualquer atitude irracional como tais, se justificam na complexidade da psique individual e se externalizam e se concretizam em sucesso – o mundo artístico; em riqueza – o mundo evangélico; em poder – o mundo político; o que, em cada indivíduo ou personalidade são sinalizados por suas patologias neuróticas e psicóticas.

Quanto mais um indivíduo é mais individualista e se expressa com toda a força de sua subjetividade, mas constitui ou se revela um sujeito doente. Quanto menos enxergamos o outro, mais doente significamos estar.

Daí, podemos pensar em que nível se encontra a teologia da prosperidade, o congresso nacional e os demais e variados comportamentos de tantos individualistas produzidos na banalidade da vida do capitalismo pós industrial e da globalização, os quais exemplos referidos, não integram sua sombra no processo de saúde e felicidade coletiva.



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