terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sadios

Sadios são todos os portadores de saúde. A saúde é um bem-estar que pode ser sentido no físico, biológico e fisiológico. Quanto pela mente e pelo coração, ou seja, saúde de corpo e alma. Lendo Gustav-Jung vou me estender por um pouco de tempo e tecer uma reflexão sobre saúde mental.

Em primeiro lugar quero começar grafando que os ditos “normais” em oposição aos chamados “anormais” terão, por meu próprio modo, novo conceito, isto é, os definirei aqui de “os convencionais”, cujo título apresenta dois significados: um é que sejam os que levam a vida na convencionalidade, ou seja, no padrão social, não importando se estão agindo normalmente ou não; e, segundo, se refere às pessoas que não agridem a ninguém com seu comportamento moral.

Para descrever um conceito de normalidade, partirei do pressuposto Gustav-Junguiano de que o inconsciente – construto que projeta os conteúdos – tem equivalência igual ao coração que, na Bíblia e em Jesus corresponde ao construto que projeta os conteúdos inconscientes, também.

É sabido que tudo em Jesus é centralizado no coração como órgão da consciência, daí então, ser considerado pelo mesmo como órgão do amor, ou melhor, da consciência: amor e consciência são argumentando na psicologia, diria, iguais.

Chamemos os convencionais e os anticonvencionais para definir o padrão dos padronizados e dos fora de padrão. Os loucos ou que possuem algum transtorno mental seriam, ao meu vê, os que aqui definidos como os sem padrões ou com um novo padrão diferente do padrão convencional, maduro e conhecido que nos chamam – os outros – de normal.

A esses sem padrão chamaram de doentes, isto é, os que estão caracterizados pela ausência de saúde mental. De uma forma ou de outra, incapazes de produzirem e serem felizes, conscientes e, portanto, amarem.

Aos nós outros que temos uma sequência lógica de raciocínio, capazes somos de produzir para o coletivo e para nós mesmos, somos capazes de acessarmos nossa consciência e, por vezes, amar e sermos felizes nos intitularmos de convencionais. Por quê?

A resposta a essa inovação indagativa é que ninguém de nós é normal como sinônimos de perfeito. Pois no senso comum e na vida diária somos entendidos por cultos e incultos, crianças e jovens, adolescentes e maduros que o conceito de normal é sinônimo de perfeito.

Sendo que ninguém é perfeito, tomamos o termo normal e o substituímos por convencional, assim, temos a proposta de ser mais honestos possíveis conosco e convosco próprios diante da aferência para a aderência do termo.

No contexto atual em que a banalidade estar fazendo vítimas nas esquinas, o descompromisso de tantos que deveriam ser comprometidos com a vida e com o coletivo apenas defendem seu pão dia a dia, o descaso das autoridades que enxergam e legislam em causa própria, tudo isso podem na lei da psicologia ser definido como sem padrão ou doença mental.

A ocupação de Jesus foi com o amor o qual sairia do coração, isto é, argumentando com a psicologia, sairia da consciência. Amar é se conscientizar porque quando se tem consciência, se respeita, valoriza, e isso é se comportar enquanto humano, é amar.

Nossos políticos – tomando como exemplos – não respeitam, são sem consciência, se comportam mal ou não têm comportamento, são desamorizados.

Nesse contexto é que se encaixa uma reflexão moral e dizemos que o coração equivale à consciência. E que convencional é quem sabe amar e não quem vive nos padrões sociais.


Um comentário:

  1. Indiquei o blog ao meu amigo e ele me indicou este texto.
    Bom,parece que nem pelos seus termos eu sou convencional.
    Fica mais do que explícito em minha aparência e tal que não vivo nos padrões sociais,mas o principal ponto que me tocou, é você colocar o convencional como aquele que sabe amar.
    Eu acho que está cada vez mais difícil amar nesta sociedade atual, parece que o amor está cada vez mais doente e no meu caso especialmente vejo que há uma deficiência muito grande de amor próprio e um amor patológico para com o outro.

    Bom, vendo pelo lado bom, ao menos não sou desamorizada como os políticos,mas há em mim um excesso de amor, um amor doente e destrutivo. Qual o procedimento adotado nestes casos? Amor próprio seria suficiente?

    Mas a verdade é que eu acho que não quero ser convencional, pelo menos não agora. Rsrs!

    Muito bom o texto! Quando tiver mais tempo,leio outros!

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