domingo, 24 de julho de 2016

Brasil: país rico, povo burro, governo canalha, poderes podres!

Um país por natureza, rico, mas sem cultura é o que podemos objetiva e cientificamente provar sobre o comportamento cognitivo da nação brasileira. Governo calcado sobre os alicerces da corrupção; poderes comprometidos na projeção e na subjetividade que são os imperativos de uma demanda de pobreza, exploração, injustiça e desonestidade.

Tomamos o termo cultura que implica o conhecimento e, portanto, o autoconhecimento também, ou seja, a consciência que é, tanto para Jung (2012), quanto para Kant (1999), dever moral. Essa falta de cultura brasileira, isto é, essa falta de conhecimento e de consciência da nação é que lhe dá a impossibilidade de viver e formar uma sociedade governada pela injustiça social, pela covardia de cada homem e/ou mulher, sendo regra e não exceção – todos e quaisquer - que respondem pelo Estado nacional brasileiro.
Dois pontos são precisos destacar:

  1. Leitura: a falta de leitura ou a condição de enfado que o brasileiro sente pela leitura causa a falta de conhecimento; e quem não conhece seu objeto de vida e nem conhece a si como sujeito, naturalmente, incapaz é de se expressar e protagonizar, de ser, cito Lacan (1994). Essa falta de conhecimento do outro e de si, gera um estado de inconsciência, vem a sombra (Jung, 2013) que quer nos tornar conscientes e capazes de nos tornarmos seres humanos, individuados ou em processo de individuação; porém, nós enquanto personalidade e ego, queremos reprimir a objetividade pela subjetividade, o saber pelo prazer, o coletivo como o mais importante pelo individual como o mais significativo.

Para Jung é o inconsciente que projeta e aí geramos nossas sombras, nossos traumas, nossas patologias as quais queremos colocar como a culpa dos outros; pelas quais queremos governar e dá o veredito, condenar ou absolver e nas quais queremos governar. No fundo quem governa não é o sujeito, não é a consciência; no Brasil, quem responde pelo Estado é o complexo (Jung, 2012), é o recalque, os conteúdos reprimidos, os traumas, as patologias de cada um que estar respondendo pelo Estado, no legislativo, no executivo e no judiciário. Se não há consciência nos falta, tanto na Sociedade, quanto no Estado, a moralidade, a ética como princípio do dever moral, cito Kant novamente.

2   2. Incoerência:  Apoiando-me em Jung, a incoerência é uma cicatriz, ou melhor, um afeto, um sintoma, uma ferida que mata e governa, representa e constitui o Estado brasileiro. Todos governam pela incoerência, ou seja, fere ao legislar, fere ao governar, fere porque justifica, mas não faz justiça.

O Estado impõe suas anomalias e traumas de cada personalidade que o representa e reprime sua sombra. A sociedade frágil de modo psíquica e orgânica sem a mínima aptidão natural pela leitura, ou seja, pelo conhecimento de onde vem a cultura, o dever moral, a ética, fica a mercê das aves de rapina que representam o Estado e come o fígado dia a dia de nossa gente como sociedade.

Dito isto, temos e somos uma sociedade gerada de pedaços cito Katz (1979) e, embora 1968 caracterizado como ano que não terminou, cito Valle (2008), porque a sociedade viveu reprimindo a sombra, ou seja, o Estado e vice versa como na realidade hoje constamos, somos atualmente uma sociedade despedaça, cito a mesma autora (id, ibid, 1979).

Sem leitura nos falta cultura porque cultura é conhecimento e conhecimento é consciência e esta é dever moral, ética. Sem a leitura seremos sempre uma sociedade estúpida e ignorante; inconsciente que damos o poder a pessoas estúpidas, ignorantes e sem cultura para governar e representar o estado em totalidade.

Na teoria dos grandes estudioso da religião como posso citar Eliade e Otto, e o psicólogo e médico, o próprio Jung,  por exemplo, o numinoso não é Deus, mas uma potencialidade que domina e se impõe pelo mal ou pelo bem e essa condição é o que se pode definir como bem ou mal, pois o indivíduo não pode escolher, nesse sentido.

Deus, segundo Jung, ou o princípio de espiritualidade é um ser moral, ético, justo, consciente.



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