Brasil: país rico, povo burro, governo canalha, poderes
podres!
Um
país por natureza, rico, mas sem cultura é o que podemos objetiva e
cientificamente provar sobre o comportamento cognitivo da nação brasileira.
Governo calcado sobre os alicerces da corrupção; poderes comprometidos na
projeção e na subjetividade que são os imperativos de uma demanda de pobreza,
exploração, injustiça e desonestidade.
Tomamos
o termo cultura que implica o conhecimento e, portanto, o autoconhecimento
também, ou seja, a consciência que é, tanto para Jung (2012), quanto para Kant
(1999), dever moral. Essa falta de cultura brasileira, isto é, essa falta de
conhecimento e de consciência da nação é que lhe dá a impossibilidade de viver
e formar uma sociedade governada pela injustiça social, pela covardia de cada
homem e/ou mulher, sendo regra e não exceção – todos e quaisquer - que respondem
pelo Estado nacional brasileiro.
Dois
pontos são precisos destacar:
1. Leitura: a falta de leitura ou a condição de enfado que o brasileiro sente pela leitura causa a falta de conhecimento; e quem não conhece seu objeto de vida e nem conhece a si como sujeito, naturalmente, incapaz é de se expressar e protagonizar, de ser, cito Lacan (1994). Essa falta de conhecimento do outro e de si, gera um estado de inconsciência, vem a sombra (Jung, 2013) que quer nos tornar conscientes e capazes de nos tornarmos seres humanos, individuados ou em processo de individuação; porém, nós enquanto personalidade e ego, queremos reprimir a objetividade pela subjetividade, o saber pelo prazer, o coletivo como o mais importante pelo individual como o mais significativo.
Para Jung é o inconsciente que projeta e aí geramos nossas
sombras, nossos traumas, nossas patologias as quais queremos colocar como a
culpa dos outros; pelas quais queremos governar e dá o veredito, condenar ou
absolver e nas quais queremos governar. No fundo quem governa não é o sujeito,
não é a consciência; no Brasil, quem responde pelo Estado é o complexo (Jung,
2012), é o recalque, os conteúdos reprimidos, os traumas, as patologias de cada
um que estar respondendo pelo Estado, no legislativo, no executivo e no
judiciário. Se não há consciência nos falta, tanto na Sociedade, quanto no
Estado, a moralidade, a ética como princípio do dever moral, cito Kant
novamente.
2 2. Incoerência: Apoiando-me em Jung, a incoerência é uma cicatriz, ou melhor, um afeto, um
sintoma, uma ferida que mata e governa, representa e constitui o Estado
brasileiro. Todos governam pela incoerência, ou seja, fere ao legislar, fere ao
governar, fere porque justifica, mas não faz justiça.
O Estado impõe suas anomalias e traumas de cada personalidade
que o representa e reprime sua sombra. A sociedade frágil de modo psíquica e
orgânica sem a mínima aptidão natural pela leitura, ou seja, pelo conhecimento
de onde vem a cultura, o dever moral, a ética, fica a mercê das aves de rapina
que representam o Estado e come o fígado dia a dia de nossa gente como
sociedade.
Dito isto, temos e somos uma sociedade gerada de pedaços cito
Katz (1979) e, embora 1968 caracterizado como ano que não terminou, cito Valle
(2008), porque a sociedade viveu reprimindo a sombra, ou seja, o Estado e vice
versa como na realidade hoje constamos, somos atualmente uma sociedade
despedaça, cito a mesma autora (id, ibid, 1979).
Sem leitura nos falta cultura porque cultura é conhecimento e
conhecimento é consciência e esta é dever moral, ética. Sem a leitura seremos sempre
uma sociedade estúpida e ignorante; inconsciente que damos o poder a pessoas
estúpidas, ignorantes e sem cultura para governar e representar o estado em
totalidade.
Na teoria dos grandes estudioso da religião como posso citar
Eliade e Otto, e o psicólogo e médico, o próprio Jung, por exemplo, o numinoso não é Deus, mas uma
potencialidade que domina e se impõe pelo mal ou pelo bem e essa condição é o
que se pode definir como bem ou mal, pois o indivíduo não pode escolher, nesse
sentido.
Deus, segundo Jung, ou o princípio de espiritualidade é um ser
moral, ético, justo, consciente.
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