“Aqui se faz aqui se paga”: criaturas insanas
se tornam infames!
Por mais que se queiram creditar algum sentido
na ideia de que as denominações evangélicas têm de cristianismo algum
comportamento, não passaria de uma validade falsa e de um raciocínio, com
certeza, pretencioso.
A ideia, segundo Jung, é um elemento como outros, por vez, conteúdo espiritual. Mas a ideia ou conteúdo psíquico de que tratamos em Jung cabe no conceito de espiritualidade enquanto fenômeno do numinoso.
Esse tom ou característica de espiritualidade
se daria, conforme o teórico da psicologia analítica, sob alguns fatores:
proteção, simbolização, livre arbítrio etc., mas evidenciamos que esse tom
colorido, ou seja, brilhoso, iluminado, consciente que se caracteriza no
protetor, no simbólico e no livre arbítrio são fatores que não ocorrem na
fragmentação da religiosidade evangélica.
Vez por outra, podemos encontrar resquícios de
aspectos simbólicos no culto ou comportamento das denominações evangélicas
semelhantes – cópias – da simbolização e da liturgia cristã. Mas que não
conferem a essas denominações o direito de sagrado. O sagrado como entendemos
em Gn 3,15 onde estaria toda a origem do cristianismo – trata-se do primeiro
evangelho – onde Maria aparece como personalidade e, de certa forma,
consciência da Igreja, é abandonado pelo ritual, que não possuem as
denominações evangélicas.
Todo processo de ruptura caracteriza um
sintoma. Pois a ruptura é o oposto da comunhão. Jung tematiza que é a
integração da sombra e dos demais arquétipos com o ego e self, este como
símbolo do si-mesmo, o que significa a individuação. E que, muitas das demais
vezes, esse processo é mal entendido pelos próprios teóricos da psicologia
analítica porque o erro está na interpretação.
Assim como é grosseiro e estúpido a interpretação que o fundamentalismo dispensa em torno da Bíblia.
Assim como é grosseiro e estúpido a interpretação que o fundamentalismo dispensa em torno da Bíblia.
Desse modo, há dois pontos que quero respeitar nesta reflexão:
1.
A interpretação fundamentalista da Bíblia é equívoca, ambígua e, por tratar-se de ser interpretação, é acréscimo e o acréscimo é tendencioso e induz ao erro grosseiro e crasso.
A interpretação fundamentalista da Bíblia é equívoca, ambígua e, por tratar-se de ser interpretação, é acréscimo e o acréscimo é tendencioso e induz ao erro grosseiro e crasso.
2. A ruptura é uma expressão de psicose. Todo o inconformismo
tematizado por Jung quando este pensador psicólogo se refere às denominações protestantes
evangélicas, caracterizam mais do que aquilo que Pfister escreveu a respeito do
dogma; a ruptura do símbolo esquizofreniza.
Chamo a atenção para esses dois pontos e
concluo rapidamente a reflexão para que haja interesse do leitor pelo tema de
que, toda essa crise de identidade, esse desmantelo político e social, essa
mudança ou esse comportamento afetado que apresentam as denominações
evangélicas, significam, sem dúvida, uma mudança de crença e esta caracteriza
um afastamento da essência da vida e a torna banal: uma doença irreversível,
psicose, final de chegada. Isso é bem visível no discurso dos pastores e no
comportamento dos obreiros de forma generalizada.
Com a palavra Jesus, (Mt 18,6ss), "ai não dos
escandalizados, mas de quem escandaliza um desses pequeninos"! Assim, chegamos à conclusão de que aqui se faz, aqui se paga! Não há espiritualidade na obra da teologia da prosperidade.
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