terça-feira, 26 de julho de 2016

Nova vida vai mudar

Gente amiga: homens, mulheres e crianças, 

leiam meus textos porque o que escrevo não é o que penso. Mas o que vivencio; porém, o que escrevo seria do consenso geral se não fosse a covardia do homem público que nega investimentos à qualidade de vida brasileira e, consequentemente, as pessoas não adquirem conhecimento da ordem de objetivar sua subjetividade. É possível do consenso coletivo, se ativarmos aspectos da consciência, embora não esteja na consciência geral o que escrevo. Como diz Jung, o que escrevo é parte da experiência. O que escrevo também aprendi de Jung. Pois uso a metafísica apenas para organizar o que é próprio da experiência, uso a filosofia para me dá capacidade de enxergar aquilo que todos veem, porém não enxergam.

Se pararmos em quaisquer esquinas de qualquer cidade brasileira perto de um centro de influência, classicamente chamado de denominações evangélicas  veremos que passa gente que é possível ocupar um espaço de 50 a 100 pessoas para ouvir seus “pastores”, deformadores da opinião e, utilizando-me de Jung, repriso:  deformadores da função psicológica intuição.

Essas pessoas são carentes. Percebem-se o quanto são frágeis em sentido emocional e pobres em sentido econômico. São pessoas que ou vivem de baixos salários, aposentados ou jovens manipulados recebendo honorários para convencerem mais jovens a determinadas denominações que também as intitulo de estamentos sociais.

Em torno da denominação ou do centro de pregação surge um pequeno comércio local. Um feudo moderno! Brechós preenchem a necessidade das pessoas humildes que frequentam e são chamadas de obreiro, ou seja, aquele que pratica obras. Todo o nicho de armação para construir uma cidadela de ciladas contra a psique do indivíduo que mexe nas crenças e afeta o cristianismo como modelo ético da sociedade brasileira e ocidental.

O pregador como dizem – da palavra – reúne em si todos os saberes: é um “teólogo, doutor, professor, gestor, administrador, psicólogo, aconselhador, um juiz”. Enfim, um eliciador, um doutor que conseguiu seu certificado de doutorado de 3 meses, feito numa instituição sem mérito acadêmico e sem efeito legal. Um psicólogo que aconselha, não é um psicólogo que representa a ciência psicologia. O aconselhamento pastoral intenciona substituir a psicologia. Um teólogo que sob o método fundamentalista, transforma a Bíblia numa tremenda anarquia, deboche e desfiguração do texto sagrado. A Bíblia deixa de ser tratada como palavra de Deus e vira código do consumidor, código de postura do evangélico, código de planejamento estratégico do comércio. A missão é corporativista! A religere – religião – deixa de ser imago dei, segundo Jung, e se transforma ou a transformam em corporativismo, comércio do “sagrado”!

A Bíblia passa a sustentar a denominação evangélica do ponto de vista empresarial e mercadológico. O pano de fundo é que o estamento evangélico significa autossustento, feudo, emprego suficiente da sobrevivência de uma equipe, ou seja, em torno do líder que gesticula e aponta o caminho certo do obreiro seguir.

O pastor é autossuficiente. Só ele sabe o caminho certo que indica; além de padre, professor, administrador e psicólogo, o pastor também é juiz porque julga a alma e muito mais que isso, dá o indulto ou a condenação; mas não basta isso, a condenação ou indulto são eternos e garante a salvação. O pastor também ministerialmente acumula poder e função de médico, mas apenas um clínico geral porque diagnostica, seus primeiros socorros não precisam de encaminhamento a especialista, bastam e curam, pois Jesus é a cura e esse dom foi dado a cada pastor que supera as profissões e atinge o poder de embaixador divino, dispensador de graça e bens celestiais.

A fé passa a ser um produto de mercado. Um bem mensurável. Algo palpável, real. Os sacramentos são blasfemados e o sacrilégio imposto como sacrifício; a simbologia é regrada pelo ciclo da administração que articula a prosperidade do sucesso de mercado.

A pastoral virou marketing. Vivenciamos o novo. Os muros dos novos feudos se instalam, trazendo a periferia para o centro. Nesse contexto, o que vemos não é mais uma espiritualidade, mas, citando Jung (2012), uma desolação e uma miséria espiritual.



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