Nossa terra brasileira que tem sua capital federal criada a partir de inspiração "salesiana", certamente isso sim, pode justificar a mudança desta, do Rio de Janeiro, para o Planalto Central. Por que sonho salesiano? Porque foi João Bosco, o Santo, quem sonhou com essa mudança da capital do Brasil, D. Bosco que viveu 1815-1888, Itália, foi o primeiro a arquitetar a mudança da cidade. Depois por vários decretos federais e, posteriormente, José de Assis, na época deputado por Goiás tentou indicar um local, hoje Jataí-GO, para o erguimento da Novacap, mas só em 1956, JK que já não quis morar no Palácio do Catete e se mudou para o da Laranjeiras, sob o preconceito do suicídio de Vargas, lançou a pedra fundamental de Brasília.
O Sonho, para Jung (1875-1961), o pai da Psicologia Analítica, é considerado como comunicação do inconsciente. Criando os arquétipos para explicar e justificar ou entender a psique humana, sugere a análise dos sonhos que explicam uma etapa do processo de individuação no psicoterapêutico, vez que o sonho traz elementos inconscientes à consciência e segundo o mesmo teórico, o sonho possui três funções. Nesse aspecto, Brasília responde a uma comunicação arquetípica. Que simbologia tem essa capital, hoje símbolo do máximo poder da corrupção e da sub ética brasileira, em nosso inconsciente coletivo de sociedade nacional?
Mas este país tem uma história perturbadora. Possui leis inefetivas e um parlamento que envergonha qualquer nação por mais perturbadora que seja em sua gênese social. Aqui tudo é simples: os cofres públicos são abarrotados de dinheiro da produção social, os "caras" que são postos e escolhidos como parlamentares roubam e depois renunciam e continuam ricos e poderosos com o dinheiro roubado da sociedade. Nada acontece. A sociedade continua, parte pelas calçadas, parte na droga, parte na escravidão trabalhadora e o empresariado escravo da escravidão trabalhista, parte desempregada e todas as partes sem perspectiva digna aí, muitas partes se metem no mundo do crime. A Renda é má distribuída, ou melhor, nada distribuído, mas a renda é concentrada: perde a educação, perde a saúde, perde a cultura em prol dessa concentração de renda, toda a culpa está no todo: Estado e Sociedade, mas a máxima culpa é do parlamento sub ético que aproveita da ignorância do povo para tripudiar, em vez de legislar em prol do bem comum.
É preciso cultura: cultura como leitura de livros fora da escola formal. Sem leitura o Brasil não caminha rumo à consciência coletiva e sem isso fica no berço esplêndido da ilusão e da subjetividade de tradição.
Não adianta reclamar. Quer mudar? Comece a devorar livros, mas livros que propõem consciência e não aqueles feitos por pessoas que querem impor sua psicose através de sua subjetividade tendenciosa. Livros medíocres, deixai-os passar direto ao lixo. A leitura é necessária para que nossos sonhos sejam compreendidos, apreendidos e nos ajudem a viver conscientes de nossa coletividade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário