O Ego do Congresso Nacional, o Corpo Fantasmático da Democracia Brasileira no
Sujeito Social Objetado Parcial, o Centro periférico da Cidadania e da Pseudo
Moral Ética na Relação Parental da Sociedade do Brasil
Por João Lira*
Utilizo-me
da autoridade da Filosofia que me compete e, enquanto filósofo, vou me ocupar aqui
em fazer uma rápida análise metapsicológica do momento histórico atual, o qual
se passa no Brasil.
Este
país encolhe 30 anos de evolução da consciência e protagonismo social em
detrimento da economia de liberdade e autonomia, isso significa uma sintomatização
na psique social do Brasil. Caminha para trás, regredir é sinal de doença
mental. É um comprometimento sério e, se não tomarmos cuidado, irreversível em
âmbito coletivo. Considerando o suporte científico do Tratado Brasil Santa Sé
(2010) e exame.com (2010), valho-me deste conteúdo acerca da religiosidade no
país para concluir que 38% da população brasileira estar obinubilada – o que é
também alarmante quando se trata de pessoas de nível superior fanatizadas por
um espírito acrítico em relação ao fundamentalismo evangélico que hipinotiza,
manipula e aliena, extraíndo o bom senso e a função psíquica da intuição. As
pessoas se tornam em seu quadro cognitivo e emocional em desvantagem frente a
pessoas não fundamentalistas, isto é, não evangélicas. Procuro uma razão para
isso, uma leitura metapsicológica desse fenômeno atual, pode nos aproximar do
quadro de uma compreensão próxima dessa objetividade fenomenal.
Embora
nunca tenha havido exercícios plenos da cidadania entre a nação brasileira
porque uma população humana sempre serviçal e obrigada ao voto imoral e à
tributação vergonhosa, não é livre; uma prática política que fere a economia de
liberdade e da vida social brasileira em sua totalidade é, sem dúvida,
escravocrata! Uma nação entregue à irresponsabilidade administrativa das
autoridades dos poderes constituídos que rechaçam a educação e inibem a
consciência crítica não é de um país livre! Agora, porém, o que se passa é um
reflexo da mãe sociedade que elaborou uma cria – o parlamento brasileiro – sequestrador
da democracia, da liberdade e da autonomia da sociedade brasileira, em tese,
sua mãe legítima e biológica. Esta é uma relação parental que tento resumir o complexo
de sintomas que se fixa na sociedade brasileira no atual momento histórico e
político vivido por nós cidadãos civis e, reféns da insanidade mental do
parlamento brasileiro.
O
parlamento nacional é um filho da sociedade que herdou características
psíquicas de sua mãe biológica, a sociedade brasileira. Cuja mãe sofreu o luto
no parto ao parir um parlamento pelo voto direto nas urnas da democracia
parcial, após o regime militar frisado, no ano que não terminou, 1968, como
fruto de uma gestação indesejada, o regime de escravidão e uma gravidez
concebida a estupros do invasor europeu, inconsequente e violento já tomado
pelo espírito fragmentado/esquizofrênico da proliferação da religião vigente e
nascente, a religiosidade sem sagrado. O que deformou a psique e vai adoecendo
o corpo social nesse seu imaginado engodo de significado da teologia da
prosperidade, autoafirmação do capitalismo pós-industrial e moderno. Esse filho
nascido de uma mãe violentada e nacisista teve caracteres psicóticos,
produzindo o parlamento brasileiro, cuja mãe não aceitou plenamente sua
liberdade e pariu-o com sintomas de luto. Motivo pelo qual a religiosidade como
fanatismo consegue convencer e resolver os conflitos individuais e sociais
porque aliena e obinubila o sujeito objetado, o povo. Esse filho, o parlamento
brasileiro deseja como deseja o psicótico em seus traços de personalidade, um
matricida, matar a própria mãe, a sociedade brasileira humilhada pelo fanatismo
do fundamentalismo a caminho do irreversível.
Pois, para o psicótico não existe lei. Ele é a própria lei, tal qual o
comportamento do parlamento brasileiro que legisla como se fosse a lei, traços
de psicose. Assim como, inconscientemente, a mãe de um psicótico se acha a
própria lei, em sua subjetividade de mãe super protetora, protege com exageros
excessivos sua cria, possibilitando condições favoráveis ao desenvolvimento da
doença mental, a psicose sobre os parlamentares brasileiros. Isso vemos, -
qualquer um que não tenha cognição prejudicada, - no Congresso Nacional em
estatisticamente, 80%, marcados em sua psique com sintomas profundos de
psicose.
A falta
de leitura do brasileiro incondicional para a sabedoria que liberta – como diz
Cícero (2012) – o torna inconsciente e incapaz de raciocinar criticamente; sem
a leitura não se é capaz de pensar, mas apenas de opinar e julgar que são
elementos inconscientes, sintomáticos e pertences à realidade irreal, a
subjetividade porque quando a subjetividade vai além de manter a integridade
individual e desfaz do Outro, essa é a linguagem que expressa toda e qualquer
doença, revela o ego doente, caso específico do ego do parlamento brasileiro.
Essa falta de leitura é o vácuo que produz a incapacidade da legitimidade do
voto direto em atenção à formação do filho psicótico; repito: o parlamento
brasileiro. Esse voto obrigatório da sociedade é o parto inaceito, revoltante
da sociedade que vota por obrigatoriedade, é o parto de luto, portanto, o parto
psicótico, gerando um parlamento doente em seus últimos graus de loucura:
cretino, imbecil e idiota, termos já desusados, mas tão presentes e empíricos
no Congresso Nacional. Já se demonstrou com clareza quem é a mãe do psicótico e
quem é o filho psicótico e a consequência da relação amorosa ou prazerosa entre
mãe e filho que, simbólica e similarmente, acontece no Congresso Brasileiro
entre a Relação Congresso e Sociedade Civil do Brasil.
Assim
exposto, o Parlamento brasileiro emite sinais de psicose em seu comportamento
político porque enxerga, no se olhar ao espelho, ou seja, à Constituição e à
mentalidade social, um corpo imaginado pela mãe e não por si mesmo; a mãe presente
nas minorias: homossexualidade, negritude, religiões afro-brasileiras, mulheres
etc, que são expresões do inconsciente, ameaça contra o ego do parlamento, em
outras palavras, sufocadoras desse psicótico, o Congresso Nacional.
Desse
modo, ao olhar-se no espelho, o parlamento não vê sua própria imagem autônoma,
livre e resolvida, mas enxerga uma imagem não imaginada por ele; o impulso é
reagir e impor sua autoimagem idealizada do narcisismo herdado da mãe
sociedade. O parlamento, portanto, ao olhar a lei, não a enxerga e se julga,
subjetiva e esquizofrenicamente, a própria lei, cujo sintoma psicótico é
marcado na relação sociedade/parlamento pela ausência da leitura crítica e
extensiva, ausência de criticidade coletiva, ausência de bom senso, presença de
incapacidade situacional e posicional de raciocínio crítico e consciente,
incapacidade de teorização, volubilidade para perda promissora de representação
simbólica; dada à realidade relacional entre mãe e filho, a sociedade, para o
parlamento, é sua antítese e o objeto de desejo do Congresso é o sucesso e o
sucesso é excludente porque só um lado se beneficia, ele mesmo em detrimento
letárgico do Outro lado, a sociedade simbolicamente representada na relação mãe
e filho no suporte escondido ou sombreado da teologia da prosperidade.
Se o
Congresso enxerga a sociedade como sua antítese e adversária esta, todavia, o
ver enquanto prolongamento narcisista e interfere inconscientemente no seu Ego;
o parlamento utilizando desse traço, o faz em mecanismo de defesa em favor de
sua psicose ascendente, mais uma vez comparece a teologia da prosperidade que
é, com fundamentos teológicos e metapsicológicos, o corpo
fantasmagórico/fantasmático da sociedade, hoje, em 38%, representada pela
população evangélica obinubilada pelo discurso psicótico dos líderes das
“igrejas”, fruto do narcisismo materno. Corpo fantasmático que, segundo Katz
(et al, 1979) o descreve como: “Aquele que ao nível do inconsciente, é a
representação corporal do ego, cada vez que o sujeito, descobrindo-se suporte
de um desejo, arrisca, se ele o assume, reencontrar o Outro que, no desejo, só
pode responder como agente de castração”. A libido da nação brasileira pelo
desejo da desonestidade projetou inconscientemente, o parlamento como
prolongamento de seu ego materno, o narcisisimo social e, agora, é hora de pagar
a conta, o filho psicótico, Congresso Nacional, transforma a sociedade em refém
e aplica-lhe o desejo letárgico da fragmentação representada – isso é regra e
não exceção – na esquizofrenia do fundamentalismo evangélico como suporte de
manutenção e segurança de autoafirmação fálica do parlamento brasileiro -
inconsciente e sem presença de morbidade, este sujeito objetado parcial, a
comunidade de evangélicos, legitima ao Congresso Nacional, a sombra da bancada
evangélica de deputados cretinos, a responsabilidade oculta de sequestradora da
liberdade, da fraternidade e da igualdade da vida brasileira.
Assim
se faz a história do Brasil, nesse momento como em todos, pela lei
metapsicológica porque a sociedade brasileira tendo, por essa lei natural,
rompida a placenta social pariu, pelo voto negado no período escravocrata e
ditatorial, um parto assim de luto, o ego psicótico, porque segundo Katz (op
cit), o parto de luto produz o ego psicótico, este, metafórica e empiricamente,
é o ego do Congresso Nacional, sinalizado pela psicose de lideranças
evangélicas. Razão pela qual, se no período colonial/imperial e ditatorial
éramos uma sociedade civil construída de pedaços, hoje somos, com o
comportamento psicótico do ego do parlamento brasileiro, uma sociedade
despedaçada, cujo ego recebe os sintomas da sombra, a teologia da prosperidade
que produz pelo desejo exacerbado, pela distorção da Bíblia, pela intolerância
religiosa, pela homofobia, a doença mental do parlamento.
O objetado parcial do sujeito social e,
portanto de uma moral sem ética, é a teologia da prosperidade enquanto corpo
fatasmático da realização do desejo como alimento vermífugo do social, na
ausência de morbidade dos líderes evangélicos que,
psicotizados, obinubilam a população, hoje, em 38% do povo evangélico sem
consciência de morbidade cognitiva. Esse afeto fatal atinge o inconsciente
pessoal e coletivo, cito Jung (2012), da sociedade brasileira por meio da
Bíblia - que é, empiricamente e, portanto, parte de uma verdade empírica é
verdade soberana e mais que também, lógica – instrumento de prazer oral e anal
do ego do parlamento; significando assim no significante Bíblia, e no seu
conteúdo literal de livro sagrado utilizado como objeto fálico e, por isso,
excluem-se Maria da relação parental do Cristianismo, substituindo-A pela
teologia da prosperidade que é corpo fantasmático da democracia social.
Excluindo-se Maria do cristianismo, excluem-se as minorias porque Maria
representa minoria – Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa
Senhora disso e daquilo, ou seja, de eventos que sinalizam, isoladamente um
apelo de consciência ao mundo – excluem-se as mulheres, via de regra, Exma
Dilma uma agente do feminino fazendo exercícios do poder público do Estado,
excluem-se as vaginas e tudo aquilo que elas representam como poder e
influência social e dessucesso do fálico da bancada evangélica e de influência
da teologia da prosperidade, cuja influência de ego psicótico do parlamento só
é possível mediante 1) a obstinação do fanático do fundamentalismo da
religiosidade e 2) sem a presença da vagina, mas do monopólio absoluto do
fálico. As “pastoras” ou mulheres líderes de “igrejas” evangélicas são
absolutamente, mulheres fálicas.
Essa
verdade histórica e empírica transforma a mãe sociedade em presa do ediondo
comportamento do ego do filho psicótico simbolizado na miséria espiritual –
novamente, cito Jung (2012) e Gadamer (2001) - do discurso psicótico da
religiosidade fundamentalista confundida e migrada para o Congresso Nacional,
cuja dinâmica arbitrária ao evangelho do cristianismo, provoca a perda da
capidade simbólica dos obinubilados da sociedade brasileira. Isso é o que
nomeamos enquanto sujeito objetado parcial, porque, a teologia política – cito
Geertz (2012) é a tendência representativa de causa final da soberania do poder
num Estado de religiosidade, em termos empíricos da lei psicológica, definimos
como castração do social e um estado social do Estado Soberano de fatalidade,
cito Jung (2012); assim, o parlamento psicótico no Brasil pratica a castração da sociedade pelo
corpo fantasmático da democracia do país e, segundo inferimos de Katz (op cit)
que esse parlamento estabelece um plano político narcisista: 1. O rebaixamento
da consciência – extrai pela falsa hipinose e estímulo resposta a capacidade
crítica do povo presente nas minorias e no povo evangélico obinubilado nos
centros dominantes, cito Geertz (2012). 2. Inspira o complexo de inferioridade
do povo e das minorias no engodo do discurso da teologia da prosperidade e o
rechaço das novas modalidades de família, expresso na doença denominada de
homofobia gritada pelo ego do parlamento, tanto quanto a expulsão do feminino
fálico da líder mor do executivo brasileiro. 3. Torna a Bíblia como instrumento
de intimidação e espírito tímido do povo/sociedade, manipulando a teologia e
dizendo que isso é cristianismo. Atacando a democracia na deformação da psique
da sociedade brasileira, dessacralizando as funções psíquicas das pessoas
povo/sociedade, transformando-as em pastas e resíduos humanos, cito Papa
Francisco (2015), todo o povo brasileiro; esse desejo narcisista é o que está
gerando o crescimento da demanda evangélica no engodo da teologia da
prosperidade e, como consequência um estado nazista se instala, fruto desse
déficit psíquico nessa relação parental, falta de leitura da população.
Nessa
relação parental congresso/sociedade, haja vista a operacionalidade e efeito da
autoridade psicótica que não se vê como doente, mas como autoridade e se impõe,
como Hitller, como Agripa, como Antipas – a quem Jesus o chamou de Raposa – e
essa demanda sintomática precisa de um lugar físico para se desenvolver e
estabelecer-se como absoluta sobre os dominados. A população evangélica é uma
classe dominada sem condições de juízo crítico e bom senso para reagir contra a
maldade dos seus líderes hoje psicotizando o Congresso Nacional para chegar ao
estabelecimento da teologia política.
A
religiosidade – evangélica - uma ferramenta para construir o sujeito objetado
que é diferente do ego psicotizado. A teologia da prosperidade é apenas um
estágio, por trás de si, a finalidade é o estabelecimento de uma teologia
política, Geertz (2012). E essa demanda de como fazer a Bíblia instrumento para
se produzir e manter uma nova classe
dominada é produto de laboratório exógeno do caráter de influência religiosa no
poder político de centros dominantes, Geertz (op cit) nos Estados Unidos no ano
de 1906. Estou falando de Fox e Saymon no avivamento de Los Angeles e Kansas e
Huston. Ou seja, os evangélicos no Brasil nasceram da ideia comportamental
artificial intencional, visando o Brasil como terra de novo estamento social,
nova colonização política nos Estados Unidos com o avivamento e, este
ingrediente, integra o terceiro segredo de Fátima numa analogia à psicologia
junguiana quando que, a sombra no cristianismo, desestabiliza o ego da
personalidade, tornando-a sintomatizada pelos complexos esquizofrênicos, isto
é, paranóides. Por complexos tomo a definição de Jung, aquele conceito mais
conciso para se entender o sintoma do Congresso Nacional, cujo comportamento é,
parental e psíquico, está numa relação psicológica profunda com a psique
nacional. Segundo Jung (2012) complexo é uma carga emocional que gira em torno
de um núcleo arquetípico, dado complexo quando ativado, explode a emoção e o
sintoma se manifesta na personalidade porque atingiu e desestabilizou o ego da
consciência.
A
teologia política redefine a sociedade enquanto novas classes dominates e a que
nome podemos conceituar as igrejas das esquinas do Brasil, senão, mais adequado
ontologicamente possível na mente humana, é o nome de, em vez de igreja,
estamentos que redeagramam a sociedade em novos outros dominanados e
dominantes. Este motivo é o que esclarece a relação do evento de 1917 com a
fundação do protestantismo a que Jung diz que a partir daí, então, - palavras de Jung “desde a Revolução
Francesa”, digo e consequente o surgimento social da maçonaria, “o cristianismo
entrou em colapso”. Acrescenta Jung, “se o protestantismo continuar se
proliferando em inúmeras denominações, o futuro é incerto”. Esse futuro incerto
de que fala Jung, calha na teologia interpretativa geertziana. O momento atual
no Brasil é nada menos, nada mais que isso: um golpe contra o cristianismo - religião
universal - e, naturalmente, contra aplenitude da vida – Jesus -, contra a existência da relação
inconsciente/consciência, sociedade brasileira, mãe do parlamento psicotizado, o
PT está no lugar de - um ativador do complexo - desse ego psicótico do
Congresso Nacional e, a democracia é o arquétipo dessa sombra que reveste o
parlamento brasileiro, a teologia da política é o golpe fatal e nacional, pois
agora está apenas o sujeito parcial, a teologia da prosperidade em sua
indumentária como corpo fantasmático.
A
relação com o terceiro segredo de Fátima não está evidente, mas implícita no
enunciado do conteúdo do segredo quando, revelado. O demônio se infiltrará no
Cristianismo porque ele quer atingir e destruir a Igreja do meu filho, diz
Maria. O avivamento de Los Angeles foi a origem e o lançamento da pedra
fundamental para fortalecer a observação de Weber (1990) A ética protestante e o
espírito do capitalismo, essa sombra anexa ao cristianismo que é simbólica,
a diabólica do demônio, ou seja, abafamento do inconsciente pela liderança de
evangélicos que obinubilam o crente; o Brasil, portanto, sendo um país mais
frágil devido ao analfabetismo
posicional e circusntancial da população, a relação parental sociedade/parlamento
na psique brasileira possui o
Cristianismo mais fraco, favorecimento para ser o alvo, desde 1906, Parham, da
teologia política para novos estamentos sociais. Esta é a evidente relação com
o terceiro segredo de Fátima que a TdL (teologia da libertação) uma vez banida,
fortaleceu a TdP (teologia da prosperidade) para uma TdP (teologia da política).
A bancada evangélica é uma hierarquia dessas, - em analogia junguiana – sombra
que paira sobre o ego do Congresso Nacional, querendo psicotizar a sociedade e
estabelecer a teologia política que traz em si o nazismo pela destruição do
cristianismo, já dizia Cristo, Lc 13,31-35
ao descendente da criação da maçonaria Agripa, Herodes Antipas, inimigo
do cristianismo antes mesmo que ele surgisse. Cristo como fundamento da Igreja
já antecipou essa verdade empírica que, em 1978, Maria a completou em Fátima. E
na história, a sucessão de hierarquias: a sombra/serpente no Gênesis 3,15 em
luta com a personalidade do cristianismo, (Maria), Jesus sendo expulso do
território de Antipas (Lc 13, 31ss) a cujo rei, Jesus - humildemente, embora
sendo Deus, pede paciência que estará deixando o seu território e - o compara à
raposa que é um animal mais propício de simbolizar o nazismo porque tortura a
presa, a surpreende, e se alimenta dos melhores alimentos e esse mesmo animal
pode ser comparado aos líderes evangélicos – segundo Geertz, - líderes “dos
centros dominantes” entre a sociedade; ao protestantismo, ao avivamento e, ao
efeito cauda do demônio – em Jung – sombra que psicotiza o ego do congresso
nacional como já nomeamos ao longo de nossa exposição.
Dado o exposto, a grande ocupação dos empreendedores
do que está evidente nomeado de golpe é a implementação em solo brasileiro da
Teologia Política que governará o país; para que isso seja possível é
necessário golpear e destruir o Cristianismo, esse é o papel fundamental das
lideranças de falsos pastores do avivamento que, em sentido lato, é o próprio
demônio infiltrado na Igreja de Cristo. Finalmente, meu apelo se faz diante de
que a Igreja pode fazer força diretamente não em posição partidária, mas em
defesa e fortalecimento do cristianismo, hoje minado pelas correntes
“evangélicas” que destroem a intuição e a psique humana da sociedade brasileira - fundamento meu pensamento me apoiando em Jung.
*João Lira, ex-professor da Rede
Pública Estadual de Goiás, ex-professor convidado da PUC-GO e outras
instituições de ensino superior no mesmo estado. Possui mestrado em Ciências
da Religião – CRE e Licenciatura em Filosofia, ambos pela mesma universidade
onde foi professor convidado. Especialista em Psicologia Junguiana –
Psicoterapeuta pelo Ijep-Facis, Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo. Graduando
em Teologia pela Uninter/PR, graduando em Psicologia Clínica pela UCL/RJ, mestrando
em Direito Canônico – PISDC-RJ/PUG-Roma.
Referências:
Francisco, papa. A alegria do
Evangelho (Evangelii Gaudium – exortação apostólica), Libraria Editrice
Vaticana. Reimpressão – 2013 - São Paulo: Paulinas, 2014.
Gadamer, Hans-Georg. Estética
y hermenéutica. Trad. Antonio Gómez Ramos. Madrid: Tecnos/Alianza, 2006.
Jung, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo, 9/1 – Trad.
Maria Luiza Appy e Dora Mariana R. Ferreira da Silva. 9ª. Ed. Petrópolis:
Vozes, 2012.
_____. Aion. Estudo sobre o simbolismo do si-mesmo. 9/2. Trad, de Dom
Mateus Ramalho Rocha. Petrópolis: Vozes, 2012.
_____. Psicologia e Religião. 11/1. Trad de Dom Mateus Ramalho Rocha.
Petrópolis: Vozes, 2012.
Geertz, Clifford. O saber local – novos desafios em
antropologia interpretativa. Trad. Vera Joscelyne.Col. Antropologia.
Petrópolis: Vozes, 2012.
Weber. A Ética Protestante e
o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Abril, 1990.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/.../D7107.htm
www.exame.abril.com.br
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