quarta-feira, 20 de julho de 2016


O Cristianismo e a crise atual no mundo moderno

O Cristianismo se gerou em torno da Igreja católica. Não é que esta tenha sido primeira que aquele, mas implica dizer que o cristianismo foi se desenvolvendo ao longo de 1500 anos como religião ocidental e isso foi o que deu, a partir da articulação de Lutero, Calvino e outros, o embate contra o que chamamos de Igreja católica, nascida com essa terminologia em 1054, mas esta sempre foi a aparência da essência, ou seja, a única instituição capaz de levar e difundir a herança dos apóstolos.

O protestantismo e suas derivadas  denominações não passam tão somente de uma reivindicação ilegítima, pra si, da sucessão apostólica porque o Cristianismo deu a Igreja católica sua única chave.

A Igreja católica é a última personalidade do Cristianismo. Não há outra instituição que, dentro do cristianismo, possa reivindicar esse direito. A Igreja católica é o sinônimo de Cristianismo original e genuíno de Cristianismo. Por excelência, a única de direito divino.

A única de direito divino porque pela sua forma. Pela beleza e riqueza de seu conteúdo. A única de direito divino pela sua ternura e mensagem exclusivamente espiritual.

O Cristianismo é uma essência sem forma e a Igreja católica é a forma do próprio Cristianismo. Quando o Espírito Santo desceu em Pentecostes, o protestantismo não estava lá, muito menos os evangélicos, mas lá estava Maria. Ela está na Igreja católica e esse é um dos maiores legados da fé fidelíssima.

Quando o Jesus enviou o Paráclito, nem protestantes e nem evangélicos estavam lá, mas lá estavam os apóstolos e estes continuam sendo a continuidade de Jesus e, portanto, eles estão como herança na Santa Igreja.

Depois do seu período denominado Apostólico, o Cristianismo recebeu o período da Patrística, representado no período central por Agostinho de Tagaste ou de Hipona, período dos Padres da Igreja que deram forma e corpo ao Cristianismo. Posteriormente, quase nove séculos passados, veio o período da Escolástica, à frente como seu representante mor temos Tomás de Aquino.

Lembremo-nos que não são os padres do protestantismo muito menos ainda padres dos evangélicos, mas padres da Igreja. Que Igreja? A católica!

O Cristianismo de primitivo foi se reunindo de período histórico a período histórico e se construindo como Cristianismo ao longo de 15 séculos. Foi esse Cristianismo de 15 séculos que formou o corpo católico que em 1517, por ter sido prostituído em seu comportamento por algumas figuras incoerentes, foi afrontado principalmente por Lutero que em essência propunha uma revisão do comportamento para a prática tivesse coerência com o Cristianismo. Mas o resultado foi decepcionante e inconsequente mais que a própria indulgência e a arrogância do alto clero católico: criaram uma nova doutrina que não contem a ética e nem o princípio moral do Cristianismo. Afundaram seu fundamento e destruíram a fé.

O clero católico, também tem culpa porque dessacraliza o comportamento, se prostitui quando imita o comportamento das denominações protestantes evangélicas em seu culto máximo, a missa. Não obstante o avanço da Igreja com o Santo Padre: temos que admitir que tantos movimento e seitas dentro da Igreja católica sem ser católicos depõem contra a sua imagem e contra a sua psique. São, certamente, sintomas ou fases sintomáticas. Vivem-se uma crescente neurose.

Não é nenhuma novidade e muito menos falta de dúvida que o clero católico, apesar de 6 a 7 anos de formação acadêmica entra numa incoerência ascendente do Cristianismo: ou os padres são extremistas no Concílio de Trento, ainda; ou misturam o profano com o sagrado, justificando que é para atrair fiéis, são parcos a Trento e exagerados no Vaticano II. Vamos perdendo o valor moral e também na Igreja, vivendo uma fé incoerente e uma sub ética de projeção.

Em vez de educarem e conscientizar a população católica do sentido sagrado ficam dando shows numa de peão e boiadeiro, projetando suas neuroses. Por outro lado, também, comportam-se como criaturas ou da pastoral ou dos sacramentos e parecem perder a função ministerial. Imitam o culto evangélico e com ingenuidade falam mal de Marx, com essa neurose de comunismo.

Nesse panorama todo, apoiados em Jung, podemos descrever a crise do Cristianismo. E trazer a psicologia analítica para sustentar nossa argumentação de que vivemos na Igreja ou fora dela, na totalidade do Cristianismo em relevância, uma pobreza espiritual.

Um desfacelamento se instaura sobre esta religião ocidental seja com prostituição sagrada, seja com o vazio da simbólica, seja com a banalidade da vida e a consequente dessacralização.

O Cristianismo perde o sentido de ser o modelo ético para o Brasil e para o Ocidente, por isso que vivemos uma neurose ascendente e uma psicose crescente. Sem identidade, todos têm em mente a mais valia e como Marx não tem razão? A corrupção orienta todos!


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