sábado, 24 de setembro de 2016

A crise do século: a imoralidade ética

Sabemos por experiência histórica e por visão ocular que a religião sustentou os grandes impérios e estes se serviram da religião para ostentar o usurpador e manter o status do poder dominante e explorador, assegurando ao violador da vida, o dominador, a riqueza e o poder. Sem a religião isso é impossível.

Esse tipo de religião foi contestado e revertido o seu sentido por Jesus que disse ser essa religião o oposto da graça do verdadeiro Deus. Então surgiu o cristianismo enquanto religião única redentora do universo humano. Porém, ao longo de sua trajetória foi mal desenvolvido, mal compreendido em sua essência e, hoje, como nunca, torna-se a verdadeira porta aberta para o inferno. Pois o cristianismo, até pela própria Igreja católica está deformado. E, em vez de ser causa de salvação é motivo de condenação.

A humanidade sempre se orientou por uma religião. Sempre teve seus deuses que o orientaram. Mas a única proposta de amor, foi a de Jesus, atualmente, destruída pela teologia da prosperidade onde a vida perde o sentido e ganha o atributo da mais valia, um mero ativo econômico.

Jung – que não foi discípulo de Freud como afirmam milhares de estudiosos que bem ou mal compreende Gustav-Jung – deu-nos o legado psicológico de que o ser humano tem como essência, ou seja, psique, uma referência divina – imago dei. Cuja tendência e comportamento do psiquismo humano a partir dessa imago dei vai se formatando e se existencializando pelos seus arquétipos.

Por isso que o ser humano cria seus deuses, falsos ou verdadeiros porque tem em si um pedaço de sagrado uma tendência à divindade. Mas o livre arbítrio o faz torna-se uma criatura insana e diabólica diante da vida a ponto de usar a religião e a própria imagem de deus de que é parte em si para destruí o outro e sobre esse outro crescer e prosperar.

Jesus demonstrou e descreveu que toda essa formatação de divindade e religião que defende o poder e a desigualdade é um conceito deturpado de Deus e da própria religião. Exatamente isso que se torna o cristianismo atual.


sábado, 27 de agosto de 2016

Metáfora de um povo

 Procuro um referencial que me conduza pelo caminho do que pode fundamentar o momento político no Brasil e não encontro. Encontro apenas o nada e o vazio que é, fundamentalmente, a razão da doença mental: psicose esquizofrênica e psicose delirante que afeta a sociedade brasileira. Não há na ciência e nem como se propala, na crença cristã, um pressuposto que justifique a perversidade que acontece no comportamento político brasileiro. O fenômeno é um misto subético entre religiosidade e política que toma uma nova cara de prosperidade e falso idealismo. Um fenômeno social, político e mais que isso, religioso que destrói o cristianismo como modelo ético para o Brasil e para a sociedade ocidental, como diz Jung. É ao homem/mulher que cabe essa irresponsabilidade doentia que afeta a sociedade e, muito mais ao homem, porque ele ainda está, na maioria, se sentido ameaçado em seu poder fálico pela mulher. Haja vista o acontecimento perverso que se passa no Congresso Nacional de um povo chamado Brasil. Nesta ótica, vamos refletir alguns elementos – na minha posição em psicologia e, sem sombra de dúvida também na filosofia - que pontuamos neste instante: 1. O que sai do homem é o que faz mal e não o que entra no ser humano, Jesus (Mt 15,11). 2. Vivemos um inconformismo religioso e isso causa um nada bocejante, uma situação de fatalidade, uma miséria espiritual, Jung (2012, p. 23). 3. O buraco existencial que produz a psicose, configurando entre o imaginário e o simbólico a respectiva psicose delirante e esquizofrênica, Katz et tal (1979). Nossa análise se permeia por aí! Embora se trate do momento político pelo olhar da psicologia, permite-nos a leitura ainda, uma análise filosófica porque a filosofia procura as primeiras causas e a psicologia, o fato experimental. Ambos se complementam para essa abordagem no estudo do fenômeno na sociedade brasileira. As temáticas pontuadas acima vão à mesma reflexão em busca de ampliar a compreensão do mesmo fenômeno: o momento histórico no Brasil. Apoio-me nestes pensadores para sustentar minha defesa de argumento. Estes, na verdade teóricos, olhando pela linha da filosofia e da ciência (psicologia) podemos classificá-los como homens de ciência: psicólogos, filósofos e teólogos. Apesar de suas abordagens particulares serem respectivamente teologia, psicologia analítica e psicanálise, coloco os três (Jesus, Jung e Katz) na mesma linha enquanto que se ocuparam da psique humana em suas diferentes e mesmas propostas: o evangelho, a individuação e a psicanálise respectivamente como já dito por mim antes, acima. Jesus: o que contamina o homem é o que sai dele e não o que entra. Dito isto naquilo que consideramos para o mundo ocidental e na tradição javista como a boa notícia, a salvação redentora e, pontuando outros teóricos, o próprio Jung e Flávio Josefo – historiador judeu e contemporâneo de São Paulo, o apóstolo – salvação redentora que vem do cristianismo como religião redentora universal. Nesta leitura podemos apreender que – de acordo com a psicologia – Jesus metaforicamente se referia a psique humana quando assinalou a contaminação humana como produto interno e não externo ao ser humano. Por analogia podemos dizer que essa assertiva de Jesus descreve a neurose e mais precisamente as psicoses nos processos psicológicos aos quais se refere o psicólogo social Zimbardo (2012). Jung: a idade da razão com a Revolução Francesa e o processo de expansão, consequente do capitalismo pós-industrial que atinge nosso atual século, o inconformismo religioso e o desmembramento de inúmeras denominações evangélicas ameaçam o cristianismo e provoca a miséria espiritual onde a sacralização perde o sentido e a vida adquire valor de mercado; a banalidade se instala. O psicoterapeuta Gustav-Jung tematiza tudo isso em seu livro Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Há de se notar que isso advém de dentro do homem, os arquétipos ou o a relação truncada entre o arquétipo da sombra e a persona e consciência, razão oferecida ao nosso conhecimento por Zimbardo e Jung que bebem nas fontes do Nazareno. Katz vem-nos tornar, pela psicanálise, consciente do que seja uma relação psicótica gerada no interior do ser humano. Um buraco, uma lacuna que, em termos do arquétipo – Gustav-junguiano – remetemos ao social trazendo, naturalmente, a personalidade do Congresso Nacional brasileiro. Esse buraco que elimina o sujeito do ser humano, a ausência da lei e, portanto, a presença da psicose pode ser associada, psicossocialmente, ao nada bocejante de Jung matéria que sintomatiza o momento histórico do Brasil. Somos um Brasil de brasis, um Brasil de pedaços gerados e hoje um brasil despedaçados. Um buraco hereditário que impede a tomada de consciência do povo brasileiro porque esta surge do processo de conhecimento o que, na educação e na cultura da leitura, no brasileiro é ausente. Somos, portanto, uma sociedade metaforizada da cidadania, do bem-estar. Pois o que o país, a terra, a mãe pátria possui e tem a oferecer é sonegado, negado e impedido pelo congresso nacional de pertencer a esse povo. Isso consiste ser então nossa analogia: um povo não povo, uma metáfora. Neste contexto, o comportamento dos congressistas que fazem a lei no país tem uma representação psicótica: uma projeção do inconsciente social. Único país e sociedade do mundo onde o parlamento representa a si mesmo em detrimento do coletivo; distribui afetos que marcam o distanciamento da sociedade da dignidade, da cidadania e do acesso eficiente aos bens que a própria natureza da terra e da pátria favorece ao povo. É de dentro do homem que acontece as alterações dos processos psicológicos – Zimbardo e Jesus – e as situações de fatalidade, tais quais no momento histórico do Brasil, acontece em nossa sociedade na postura da prática política. A lei sou eu – eu o parlamentar – a lei maior que passa por cima da própria constituição. Esse jogo meramente político se caracteriza no instrumento ético que, em tese, na base do julgamento moral como sentido e objetivo da teoria ética, o cristianismo que é esse modelo ético da sociedade ocidental é nocauteado na condição da instalação do ego doentio da teologia da prosperidade. O poder político é metade corrupção e a outra metade também corrupção e esse desmantelo social de crise moral vem do chute ao modelo ético dado pela citada finalidade da teologia da prosperidade. Observações: Dissertando sobre o tema por mim proposto neste artigo, ora uso o verbo na primeira pessoa, outras vezes, propositadamente e pela própria natureza da reflexão sou obrigado a usar no plural porque há pensamentos que teorizo e há pensamentos que me fazem incluir a mim mesmo, no próprio contexto experimental, da ideia que aqui discuto. Não estou comparando Katz e Jung a Jesus em sua natureza divina. Estou considerando os três enquanto homens que se ocuparam do centro/essência da vida, da psicologia, isto é, o serviço. Como sustenta o próprio Jung. O sentido da vida – não há outro – é servir.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Brasil, o paraíso bíblico: nossa ferida que dói sem ser sentida

O que teorizo pode assustar a uns e ser ridicularizado por outros, mas que o congresso nacional, seja a parte podre da laranja, isso sim, é fato! O comportamento do congresso nacional e de quem o apoia enoja o Brasil para o resto do mundo.
O Brasil é um Éden. Um paraíso e por analogia ao texto bíblico – o mito da criação – é o jardim edênico: um paraíso onde a serpente estar fazendo suas marcas profundas de pecado e de mancha original sobre o povo brasileiro.
Aqui toda a terra é uma fonte de riqueza natural para o mundo todo. Terra de leite e mel, mas de gente sem consciência e de um parlamento serpente que destrói e pica a nação inteira.
Numa argumentação ciceroniana, por delicadeza, o parlamento pode ser comparado à serpente do paraíso bíblico. Nosso maior mal é o parlamento. Nele está a essência do caráter afetado da psique brasileira, tratando-se de sociedade – no dizer de Freud, do caráter reativo, natureza – em regra – do congresso nacional, pois esse é a cria da sociedade, cujo corpo é a projeção do inconsciente social e, portanto, não lhes pertence, indesejado, em outros termos, psicopata. O golpe e a postura dos congressistas e do próprio senado, involuntariamente, denuncia a psicose dos mesmos membros do parlamento.
Esse pessoal, como muitos demais arraigados em seus discursos inflamados, perderam a noção do que diz o Salmo 12: “Deus não existe, tudo é corrupção e conduta abominável”. Sem noção de sacralidade distorcem, como distorcida é a sua psique, a Bíblia e distribuem a injustiça e a desigualdade coletiva. Acumulam dinheiro e riqueza tirada às custas do brasileiro que, certamente, possui uma única finalidade: passaporte para o inferno!
O conceito mais genuíno de inferno, o extraio de Arthur Schopenhauer (1985), que é o estado de satisfação de todos os desejos e vontades; o tédio então se instala porque você – a criatura - não tem mais o que desejar. Neste aspecto metafísico em “o mundo como vontade e representação”, Schopenhauer descreve o inferno como a saciedade de todos os desejos e, portanto, se justifica o comportamento do parlamento brasileiro e dos representantes dos poderes quando assumem comportamento descomprometido com o social e coletivo. A teologia da prosperidade é bem a cara do inferno Schopenhaureano.
Quando o parlamento fraudar toda a riqueza do Brasil e nada mais houver, atingirão o estado de satisfação de suas vontades e de todos os seus desejos, esse é o inferno, ou seja, em Schopenhauer, a morte eterna. Jesus também se referiu nessa mesma ótica descrevendo o inferno de Schopenhauer ou, Arthur, o mais lógico, buscou a fonte em Jesus.
Na verdade, a filosofia Schopenhauereana contribui para a reflexão que alimenta a tese que defendo: os parlamentares que golpearam para continuar desfraldando a pátria e a representando, conforme seus instintos pessoais contra o povo brasileiro. Nada mais significa que isso não seja a fraude ou juridicamente o furto praticado – diga-se concretamente da “lava-jato” - realmente, compras de passagens para o inferno.
Esse povo que compõe o governo se tivesse boas intenções promoveria eleições diretas de imediato. Mas, como é posto da forma imposta, o que o parlamento fez foi uma legitimação usurpada da democracia. O governo torna-se um impostor e governo em sentido pleno, ou seja, o parlamento inteiro. Legitimar para legalizar a fraude e o furto contra a sociedade.
Lendo o Salmo 119, a reflexão profética é clara: “felizes os íntegros em seu caminho, os que andam conforme a lei do Senhor... Evita, Senhor que meus olhos vejam o que é inútil”, que isto seja a oração que todos os parlamentares deveriam repetir sempre, todos os dias ao colocarem da cama, seus pés no chão sobre seus tapetes de corrupção. Assim, meditando a toda hora para tomarem consciência do inferno que estão a gerar como o único objetivo de salvar suas vidas. Jesus complementa: "... de que vale ao homem ganhar o mundo e perder sua alma"?






domingo, 14 de agosto de 2016

O sentido da existência

Deus é o sentido da existência humana. A realidade do ser humano não compreender sua existência, o inconsciente que é um universo enorme, coberto pela consciência tão minúscula, busca sentido para seu existir, o motivo de seu fim último e a causa maior do que acontecerá.

Esta é a causa motor e o princípio maior que move o inconsciente e o faz, pelo arquétipo da sombra, mover-se e se perturbar, formando os conteúdos para suas neuroses e psicoses, ou seja, suas doenças tanto em plano psíquico, quanto fisiológico.

Segundo Gustav-Jung, a consciência, categoria minúscula encobre o inconsciente que é um universo imensamente infinito. Entre a personalidade – o que nos mostramos de nós ao mundo – e a consciência está o “eu” como complexo e centro da consciência. A sombra está dentro da própria personalidade e emite raios que atinge o eu a partir do material imaterial que repousa no inconsciente pessoal, a consciência que contém o eu cobre o inconsciente e o eu não consegue, por essa consciência cobrir o inconsciente, enxergar o material inconsciente e, por isso a razão da existência da sombra: isto é a sombra, ou seja, aquilo de que a consciência não é capaz pelo eu que não enxergar o que há de necessário ser enxergado pela consciência e, a personalidade, torna-se aquilo que é filtrado por si mesma, a sombra é, fundamentalmente a energia de raios que projetada do inconsciente, significa a força que faz a unidade: consciência – eu – personalidade, isto é um processo de totalidade ou significação do si-mesmo como símbolo da totalidade.

Neste contexto, é que a pessoa humana em seu âmago possui em si o sentido de sua existência. Ser humano significa – se assim quisermos ampliar o conceito de Gustav-Junguiano – um processo de integração do consciente – eu – persona que, através da sombra, atinge a totalidade do self.

Assim é que podemos entender porque as pessoas quase sem razão nenhuma, e é por não terem razão nenhuma, que se entregam e se alienam ao qualquer sistema ou situação de alienação.

Esse conjunto de desencontro processual que ocorre no emaranhado da história da psique de cada um entre o consciente – eu – personalidade, emergido, mas não tocando o inconsciente é que resultam os conteúdos das neuroses e das psicoses que, em nível fisiológico, podem quase sempre resultar em doenças do corpo, um câncer por exemplo.

Dito isto, podemos melhor nos aproximarmos de uma fácil percepção de que e o porquê o fanatismo aliena tanto e as causas secundárias de busca de riqueza, sucesso e fama, status e dinheiro tomam contam e dominam a pessoa humana; estas, todavia, são cargas emocionais, complexos – tomando Gustav-Jung – que submetem as pessoas às suas irracionalidades e doença do espírito que se comunicam pela subjetividade pessoal.

Desse e de quaisquer outros modos, o comportamento pela busca do sucesso imoderado, pela ganância e riqueza exagerada ou toda e qualquer atitude irracional como tais, se justificam na complexidade da psique individual e se externalizam e se concretizam em sucesso – o mundo artístico; em riqueza – o mundo evangélico; em poder – o mundo político; o que, em cada indivíduo ou personalidade são sinalizados por suas patologias neuróticas e psicóticas.

Quanto mais um indivíduo é mais individualista e se expressa com toda a força de sua subjetividade, mas constitui ou se revela um sujeito doente. Quanto menos enxergamos o outro, mais doente significamos estar.

Daí, podemos pensar em que nível se encontra a teologia da prosperidade, o congresso nacional e os demais e variados comportamentos de tantos individualistas produzidos na banalidade da vida do capitalismo pós industrial e da globalização, os quais exemplos referidos, não integram sua sombra no processo de saúde e felicidade coletiva.



sábado, 13 de agosto de 2016

O inconsciente denunciou o parlamento brasileiro

Ouvindo uma esquizofrênica ela mo dizia há pouco que levou uma pancada na cabeça e por isso não conseguia votar no parlamento brasileiro.

Gustav-Jung vivenciou em suas experiências para a composição de sua Psicologia Analítica momento igual, quando também ouvia de um de seus pacientes esquizofrênico se referir ao pêndulo do sol ou pênis do sol, cujo sentido Gustav-Jung percebeu tempos depois.

É sobre isso que quero escrever, isto é, que sentido revelador, subentendido o inconsciente quis expressar nas palavras dessa jovem ao descrever de modo peremptório o jocoso parlamento brasileiro.

É mais para se creditar do que para se assustar de que todos os brasileiros levamos uma paulada na cabeça e, por isso, não conseguimos votar em prol de nossa dignidade social. 

Uma pancada na cabeça é a voz do arquétipo da sombra, respondendo ao ego da consciência de que, nós brasileiros, simbolicamente pela palavra da garota de pancada na cabeça, expresse a força do inconsciente: somos o único país do mundo em que o parlamento trabalha em função da depredação social e contra o povo, contra a própria sociedade. Esse parece ser, tomando uma leitura Gustav-junguiana, o sentido das palavras da jovem-mulher, “pancada na cabeça” que a impede de votar no desclassificado parlamento brasileiro.

Um parlamento que vota pela  mulher, pela família, pela  filha do parlamentar e nunca é capaz de enxergar que seu voto é pela nação. Evidentemente, a expressão dos votos dos parlamentares ao formar o golpe, inconscientemente, suas sombras acessaram conteúdos esquecidos e eles votaram pela família, contra o povo, pela família porque é roubando que enaltece a família, seu patrimônio e empobrece a sociedade brasileira.

O inconsciente, segundo Jung, é quem emite as projeções e, portanto, a sombra de cada homem público que compõe o indigesto parlamento brasileiro, denunciou a cada qual; embora, todavia, intelectuais, professores de suas conceituadas universidades, autoridades, incultos e demais pessoas em maioria, não consegue entender que seus inconscientes os denunciaram quando eles – o inteiro parlamento – traiu a nação brasileira.

O povo brasileiro pela lei da psicologia parece ter levado uma pancada na cabeça: não consegue distinguir o bem do mal, ou seja, o que é digno e a favor da vida ao que é contra a vida.

Nada adianta contra a sombra pessoal, ela deve ser integrada diz Jung, a sombra é pessoal e se liga ao inconsciente. Ela denuncia, quando acessa os conteúdos inconscientes e projeta suas aptidões, a personalidade dos parlamentares que se auto denunciaram, - novamente vale a lei da psique - através de suas sombras pessoais, mais de que um conjunto de neuroses, mas suas psicoses de suas próprias personalidades.

É esse o sentido da “paulada na cabeça” que nos tem e os complexos de psicoses que dominam o parlamento do Brasil.




terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sadios

Sadios são todos os portadores de saúde. A saúde é um bem-estar que pode ser sentido no físico, biológico e fisiológico. Quanto pela mente e pelo coração, ou seja, saúde de corpo e alma. Lendo Gustav-Jung vou me estender por um pouco de tempo e tecer uma reflexão sobre saúde mental.

Em primeiro lugar quero começar grafando que os ditos “normais” em oposição aos chamados “anormais” terão, por meu próprio modo, novo conceito, isto é, os definirei aqui de “os convencionais”, cujo título apresenta dois significados: um é que sejam os que levam a vida na convencionalidade, ou seja, no padrão social, não importando se estão agindo normalmente ou não; e, segundo, se refere às pessoas que não agridem a ninguém com seu comportamento moral.

Para descrever um conceito de normalidade, partirei do pressuposto Gustav-Junguiano de que o inconsciente – construto que projeta os conteúdos – tem equivalência igual ao coração que, na Bíblia e em Jesus corresponde ao construto que projeta os conteúdos inconscientes, também.

É sabido que tudo em Jesus é centralizado no coração como órgão da consciência, daí então, ser considerado pelo mesmo como órgão do amor, ou melhor, da consciência: amor e consciência são argumentando na psicologia, diria, iguais.

Chamemos os convencionais e os anticonvencionais para definir o padrão dos padronizados e dos fora de padrão. Os loucos ou que possuem algum transtorno mental seriam, ao meu vê, os que aqui definidos como os sem padrões ou com um novo padrão diferente do padrão convencional, maduro e conhecido que nos chamam – os outros – de normal.

A esses sem padrão chamaram de doentes, isto é, os que estão caracterizados pela ausência de saúde mental. De uma forma ou de outra, incapazes de produzirem e serem felizes, conscientes e, portanto, amarem.

Aos nós outros que temos uma sequência lógica de raciocínio, capazes somos de produzir para o coletivo e para nós mesmos, somos capazes de acessarmos nossa consciência e, por vezes, amar e sermos felizes nos intitularmos de convencionais. Por quê?

A resposta a essa inovação indagativa é que ninguém de nós é normal como sinônimos de perfeito. Pois no senso comum e na vida diária somos entendidos por cultos e incultos, crianças e jovens, adolescentes e maduros que o conceito de normal é sinônimo de perfeito.

Sendo que ninguém é perfeito, tomamos o termo normal e o substituímos por convencional, assim, temos a proposta de ser mais honestos possíveis conosco e convosco próprios diante da aferência para a aderência do termo.

No contexto atual em que a banalidade estar fazendo vítimas nas esquinas, o descompromisso de tantos que deveriam ser comprometidos com a vida e com o coletivo apenas defendem seu pão dia a dia, o descaso das autoridades que enxergam e legislam em causa própria, tudo isso podem na lei da psicologia ser definido como sem padrão ou doença mental.

A ocupação de Jesus foi com o amor o qual sairia do coração, isto é, argumentando com a psicologia, sairia da consciência. Amar é se conscientizar porque quando se tem consciência, se respeita, valoriza, e isso é se comportar enquanto humano, é amar.

Nossos políticos – tomando como exemplos – não respeitam, são sem consciência, se comportam mal ou não têm comportamento, são desamorizados.

Nesse contexto é que se encaixa uma reflexão moral e dizemos que o coração equivale à consciência. E que convencional é quem sabe amar e não quem vive nos padrões sociais.


quarta-feira, 27 de julho de 2016

Destinatário: Parlamento brasileiro, principalmente



O texto de hoje tem como destinatário a saúde do brasileiro, dirige-se às autoridades constituídas: ao legislador(es) e foi escrito possivelmente por Salomão em 930 a/C. Mas o intinerário é ao Congresso Nacional brasileiro.

O fragmento abaixo é uma poesia lírica que, composta no livro dos Cantares de Salomão ou Salmos, é parte do Saltério. Vejamos a mensagem que vai para o Congresso Nacional do Brasil, escrita em 930 a/C:

É teu povo, Senhor, que eles massacram,
É tua herança que eles humilham;
Matam a viúva e o estrangeiro
E aos órfãos assassinam.
E pensam: “o Senhor nada vê,
O Deus de Jacó nem percebe...”
Percebeis vós, oh imbecis consumados,
Idiotas, quando ireis entender?

A mensagem é clara e destina-se a todos que praticam injustiças em nome da humildade do povo e do Deus de misericórdia e compaixão que Jesus pregou.
Salmo 94 ou 93: Versos de 5 a 8:  (Sl 94,5-8) versão Bíblia de Jerusalém


terça-feira, 26 de julho de 2016

26 de julho de 1875, nasce Jung!


Hoje é aniversário de Carl Gustav-Jung, aniversário de nascimento do homem que fundou, criou e estabeleceu a Psicologia Analítica. Que a Virgem o coroe nos céus como a psicologia o coroa em terra após sua morte.
Nova vida vai mudar

Gente amiga: homens, mulheres e crianças, 

leiam meus textos porque o que escrevo não é o que penso. Mas o que vivencio; porém, o que escrevo seria do consenso geral se não fosse a covardia do homem público que nega investimentos à qualidade de vida brasileira e, consequentemente, as pessoas não adquirem conhecimento da ordem de objetivar sua subjetividade. É possível do consenso coletivo, se ativarmos aspectos da consciência, embora não esteja na consciência geral o que escrevo. Como diz Jung, o que escrevo é parte da experiência. O que escrevo também aprendi de Jung. Pois uso a metafísica apenas para organizar o que é próprio da experiência, uso a filosofia para me dá capacidade de enxergar aquilo que todos veem, porém não enxergam.

Se pararmos em quaisquer esquinas de qualquer cidade brasileira perto de um centro de influência, classicamente chamado de denominações evangélicas  veremos que passa gente que é possível ocupar um espaço de 50 a 100 pessoas para ouvir seus “pastores”, deformadores da opinião e, utilizando-me de Jung, repriso:  deformadores da função psicológica intuição.

Essas pessoas são carentes. Percebem-se o quanto são frágeis em sentido emocional e pobres em sentido econômico. São pessoas que ou vivem de baixos salários, aposentados ou jovens manipulados recebendo honorários para convencerem mais jovens a determinadas denominações que também as intitulo de estamentos sociais.

Em torno da denominação ou do centro de pregação surge um pequeno comércio local. Um feudo moderno! Brechós preenchem a necessidade das pessoas humildes que frequentam e são chamadas de obreiro, ou seja, aquele que pratica obras. Todo o nicho de armação para construir uma cidadela de ciladas contra a psique do indivíduo que mexe nas crenças e afeta o cristianismo como modelo ético da sociedade brasileira e ocidental.

O pregador como dizem – da palavra – reúne em si todos os saberes: é um “teólogo, doutor, professor, gestor, administrador, psicólogo, aconselhador, um juiz”. Enfim, um eliciador, um doutor que conseguiu seu certificado de doutorado de 3 meses, feito numa instituição sem mérito acadêmico e sem efeito legal. Um psicólogo que aconselha, não é um psicólogo que representa a ciência psicologia. O aconselhamento pastoral intenciona substituir a psicologia. Um teólogo que sob o método fundamentalista, transforma a Bíblia numa tremenda anarquia, deboche e desfiguração do texto sagrado. A Bíblia deixa de ser tratada como palavra de Deus e vira código do consumidor, código de postura do evangélico, código de planejamento estratégico do comércio. A missão é corporativista! A religere – religião – deixa de ser imago dei, segundo Jung, e se transforma ou a transformam em corporativismo, comércio do “sagrado”!

A Bíblia passa a sustentar a denominação evangélica do ponto de vista empresarial e mercadológico. O pano de fundo é que o estamento evangélico significa autossustento, feudo, emprego suficiente da sobrevivência de uma equipe, ou seja, em torno do líder que gesticula e aponta o caminho certo do obreiro seguir.

O pastor é autossuficiente. Só ele sabe o caminho certo que indica; além de padre, professor, administrador e psicólogo, o pastor também é juiz porque julga a alma e muito mais que isso, dá o indulto ou a condenação; mas não basta isso, a condenação ou indulto são eternos e garante a salvação. O pastor também ministerialmente acumula poder e função de médico, mas apenas um clínico geral porque diagnostica, seus primeiros socorros não precisam de encaminhamento a especialista, bastam e curam, pois Jesus é a cura e esse dom foi dado a cada pastor que supera as profissões e atinge o poder de embaixador divino, dispensador de graça e bens celestiais.

A fé passa a ser um produto de mercado. Um bem mensurável. Algo palpável, real. Os sacramentos são blasfemados e o sacrilégio imposto como sacrifício; a simbologia é regrada pelo ciclo da administração que articula a prosperidade do sucesso de mercado.

A pastoral virou marketing. Vivenciamos o novo. Os muros dos novos feudos se instalam, trazendo a periferia para o centro. Nesse contexto, o que vemos não é mais uma espiritualidade, mas, citando Jung (2012), uma desolação e uma miséria espiritual.



domingo, 24 de julho de 2016

Brasil: país rico, povo burro, governo canalha, poderes podres!

Um país por natureza, rico, mas sem cultura é o que podemos objetiva e cientificamente provar sobre o comportamento cognitivo da nação brasileira. Governo calcado sobre os alicerces da corrupção; poderes comprometidos na projeção e na subjetividade que são os imperativos de uma demanda de pobreza, exploração, injustiça e desonestidade.

Tomamos o termo cultura que implica o conhecimento e, portanto, o autoconhecimento também, ou seja, a consciência que é, tanto para Jung (2012), quanto para Kant (1999), dever moral. Essa falta de cultura brasileira, isto é, essa falta de conhecimento e de consciência da nação é que lhe dá a impossibilidade de viver e formar uma sociedade governada pela injustiça social, pela covardia de cada homem e/ou mulher, sendo regra e não exceção – todos e quaisquer - que respondem pelo Estado nacional brasileiro.
Dois pontos são precisos destacar:

  1. Leitura: a falta de leitura ou a condição de enfado que o brasileiro sente pela leitura causa a falta de conhecimento; e quem não conhece seu objeto de vida e nem conhece a si como sujeito, naturalmente, incapaz é de se expressar e protagonizar, de ser, cito Lacan (1994). Essa falta de conhecimento do outro e de si, gera um estado de inconsciência, vem a sombra (Jung, 2013) que quer nos tornar conscientes e capazes de nos tornarmos seres humanos, individuados ou em processo de individuação; porém, nós enquanto personalidade e ego, queremos reprimir a objetividade pela subjetividade, o saber pelo prazer, o coletivo como o mais importante pelo individual como o mais significativo.

Para Jung é o inconsciente que projeta e aí geramos nossas sombras, nossos traumas, nossas patologias as quais queremos colocar como a culpa dos outros; pelas quais queremos governar e dá o veredito, condenar ou absolver e nas quais queremos governar. No fundo quem governa não é o sujeito, não é a consciência; no Brasil, quem responde pelo Estado é o complexo (Jung, 2012), é o recalque, os conteúdos reprimidos, os traumas, as patologias de cada um que estar respondendo pelo Estado, no legislativo, no executivo e no judiciário. Se não há consciência nos falta, tanto na Sociedade, quanto no Estado, a moralidade, a ética como princípio do dever moral, cito Kant novamente.

2   2. Incoerência:  Apoiando-me em Jung, a incoerência é uma cicatriz, ou melhor, um afeto, um sintoma, uma ferida que mata e governa, representa e constitui o Estado brasileiro. Todos governam pela incoerência, ou seja, fere ao legislar, fere ao governar, fere porque justifica, mas não faz justiça.

O Estado impõe suas anomalias e traumas de cada personalidade que o representa e reprime sua sombra. A sociedade frágil de modo psíquica e orgânica sem a mínima aptidão natural pela leitura, ou seja, pelo conhecimento de onde vem a cultura, o dever moral, a ética, fica a mercê das aves de rapina que representam o Estado e come o fígado dia a dia de nossa gente como sociedade.

Dito isto, temos e somos uma sociedade gerada de pedaços cito Katz (1979) e, embora 1968 caracterizado como ano que não terminou, cito Valle (2008), porque a sociedade viveu reprimindo a sombra, ou seja, o Estado e vice versa como na realidade hoje constamos, somos atualmente uma sociedade despedaça, cito a mesma autora (id, ibid, 1979).

Sem leitura nos falta cultura porque cultura é conhecimento e conhecimento é consciência e esta é dever moral, ética. Sem a leitura seremos sempre uma sociedade estúpida e ignorante; inconsciente que damos o poder a pessoas estúpidas, ignorantes e sem cultura para governar e representar o estado em totalidade.

Na teoria dos grandes estudioso da religião como posso citar Eliade e Otto, e o psicólogo e médico, o próprio Jung,  por exemplo, o numinoso não é Deus, mas uma potencialidade que domina e se impõe pelo mal ou pelo bem e essa condição é o que se pode definir como bem ou mal, pois o indivíduo não pode escolher, nesse sentido.

Deus, segundo Jung, ou o princípio de espiritualidade é um ser moral, ético, justo, consciente.



quarta-feira, 20 de julho de 2016


O Cristianismo e a crise atual no mundo moderno

O Cristianismo se gerou em torno da Igreja católica. Não é que esta tenha sido primeira que aquele, mas implica dizer que o cristianismo foi se desenvolvendo ao longo de 1500 anos como religião ocidental e isso foi o que deu, a partir da articulação de Lutero, Calvino e outros, o embate contra o que chamamos de Igreja católica, nascida com essa terminologia em 1054, mas esta sempre foi a aparência da essência, ou seja, a única instituição capaz de levar e difundir a herança dos apóstolos.

O protestantismo e suas derivadas  denominações não passam tão somente de uma reivindicação ilegítima, pra si, da sucessão apostólica porque o Cristianismo deu a Igreja católica sua única chave.

A Igreja católica é a última personalidade do Cristianismo. Não há outra instituição que, dentro do cristianismo, possa reivindicar esse direito. A Igreja católica é o sinônimo de Cristianismo original e genuíno de Cristianismo. Por excelência, a única de direito divino.

A única de direito divino porque pela sua forma. Pela beleza e riqueza de seu conteúdo. A única de direito divino pela sua ternura e mensagem exclusivamente espiritual.

O Cristianismo é uma essência sem forma e a Igreja católica é a forma do próprio Cristianismo. Quando o Espírito Santo desceu em Pentecostes, o protestantismo não estava lá, muito menos os evangélicos, mas lá estava Maria. Ela está na Igreja católica e esse é um dos maiores legados da fé fidelíssima.

Quando o Jesus enviou o Paráclito, nem protestantes e nem evangélicos estavam lá, mas lá estavam os apóstolos e estes continuam sendo a continuidade de Jesus e, portanto, eles estão como herança na Santa Igreja.

Depois do seu período denominado Apostólico, o Cristianismo recebeu o período da Patrística, representado no período central por Agostinho de Tagaste ou de Hipona, período dos Padres da Igreja que deram forma e corpo ao Cristianismo. Posteriormente, quase nove séculos passados, veio o período da Escolástica, à frente como seu representante mor temos Tomás de Aquino.

Lembremo-nos que não são os padres do protestantismo muito menos ainda padres dos evangélicos, mas padres da Igreja. Que Igreja? A católica!

O Cristianismo de primitivo foi se reunindo de período histórico a período histórico e se construindo como Cristianismo ao longo de 15 séculos. Foi esse Cristianismo de 15 séculos que formou o corpo católico que em 1517, por ter sido prostituído em seu comportamento por algumas figuras incoerentes, foi afrontado principalmente por Lutero que em essência propunha uma revisão do comportamento para a prática tivesse coerência com o Cristianismo. Mas o resultado foi decepcionante e inconsequente mais que a própria indulgência e a arrogância do alto clero católico: criaram uma nova doutrina que não contem a ética e nem o princípio moral do Cristianismo. Afundaram seu fundamento e destruíram a fé.

O clero católico, também tem culpa porque dessacraliza o comportamento, se prostitui quando imita o comportamento das denominações protestantes evangélicas em seu culto máximo, a missa. Não obstante o avanço da Igreja com o Santo Padre: temos que admitir que tantos movimento e seitas dentro da Igreja católica sem ser católicos depõem contra a sua imagem e contra a sua psique. São, certamente, sintomas ou fases sintomáticas. Vivem-se uma crescente neurose.

Não é nenhuma novidade e muito menos falta de dúvida que o clero católico, apesar de 6 a 7 anos de formação acadêmica entra numa incoerência ascendente do Cristianismo: ou os padres são extremistas no Concílio de Trento, ainda; ou misturam o profano com o sagrado, justificando que é para atrair fiéis, são parcos a Trento e exagerados no Vaticano II. Vamos perdendo o valor moral e também na Igreja, vivendo uma fé incoerente e uma sub ética de projeção.

Em vez de educarem e conscientizar a população católica do sentido sagrado ficam dando shows numa de peão e boiadeiro, projetando suas neuroses. Por outro lado, também, comportam-se como criaturas ou da pastoral ou dos sacramentos e parecem perder a função ministerial. Imitam o culto evangélico e com ingenuidade falam mal de Marx, com essa neurose de comunismo.

Nesse panorama todo, apoiados em Jung, podemos descrever a crise do Cristianismo. E trazer a psicologia analítica para sustentar nossa argumentação de que vivemos na Igreja ou fora dela, na totalidade do Cristianismo em relevância, uma pobreza espiritual.

Um desfacelamento se instaura sobre esta religião ocidental seja com prostituição sagrada, seja com o vazio da simbólica, seja com a banalidade da vida e a consequente dessacralização.

O Cristianismo perde o sentido de ser o modelo ético para o Brasil e para o Ocidente, por isso que vivemos uma neurose ascendente e uma psicose crescente. Sem identidade, todos têm em mente a mais valia e como Marx não tem razão? A corrupção orienta todos!


terça-feira, 19 de julho de 2016

 “Aqui se faz aqui se paga”: criaturas insanas se tornam infames!

Por mais que se queiram creditar algum sentido na ideia de que as denominações evangélicas têm de cristianismo algum comportamento, não passaria de uma validade falsa e de um raciocínio, com certeza, pretencioso.

A ideia, segundo Jung, é um elemento como outros, por vez, conteúdo espiritual. Mas a ideia ou conteúdo psíquico de que tratamos em Jung cabe no conceito de espiritualidade enquanto fenômeno do numinoso.

Esse tom ou característica de espiritualidade se daria, conforme o teórico da psicologia analítica, sob alguns fatores: proteção, simbolização, livre arbítrio etc., mas evidenciamos que esse tom colorido, ou seja, brilhoso, iluminado, consciente que se caracteriza no protetor, no simbólico e no livre arbítrio são fatores que não ocorrem na fragmentação da religiosidade evangélica.

Vez por outra, podemos encontrar resquícios de aspectos simbólicos no culto ou comportamento das denominações evangélicas semelhantes – cópias – da simbolização e da liturgia cristã. Mas que não conferem a essas denominações o direito de sagrado. O sagrado como entendemos em Gn 3,15 onde estaria toda a origem do cristianismo – trata-se do primeiro evangelho – onde Maria aparece como personalidade e, de certa forma, consciência da Igreja, é abandonado pelo ritual, que não possuem as denominações evangélicas.

Todo processo de ruptura caracteriza um sintoma. Pois a ruptura é o oposto da comunhão. Jung tematiza que é a integração da sombra e dos demais arquétipos com o ego e self, este como símbolo do si-mesmo, o que significa a individuação. E que, muitas das demais vezes, esse processo é mal entendido pelos próprios teóricos da psicologia analítica porque o erro está na interpretação.

Assim como é grosseiro e estúpido a interpretação que o fundamentalismo dispensa em torno da Bíblia. 

Desse modo, há dois pontos que quero respeitar nesta reflexão:
1.  
       A interpretação fundamentalista da Bíblia é equívoca, ambígua e, por tratar-se de ser interpretação, é acréscimo e o acréscimo é tendencioso e induz ao erro grosseiro e crasso.

2.   A ruptura é uma expressão de psicose. Todo o inconformismo tematizado por Jung quando este pensador psicólogo se refere às denominações protestantes evangélicas, caracterizam mais do que aquilo que Pfister escreveu a respeito do dogma; a ruptura do símbolo esquizofreniza.

Chamo a atenção para esses dois pontos e concluo rapidamente a reflexão para que haja interesse do leitor pelo tema de que, toda essa crise de identidade, esse desmantelo político e social, essa mudança ou esse comportamento afetado que apresentam as denominações evangélicas, significam, sem dúvida, uma mudança de crença e esta caracteriza um afastamento da essência da vida e a torna banal: uma doença irreversível, psicose, final de chegada. Isso é bem visível no discurso dos pastores e no comportamento dos obreiros de forma generalizada.

Com a palavra Jesus, (Mt 18,6ss), "ai não dos escandalizados, mas de quem escandaliza um desses pequeninos"! Assim, chegamos à conclusão de que aqui se faz, aqui se paga! Não há espiritualidade na obra da teologia da prosperidade.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Em nome de Deus tenho pena do Brasileiro: vou me candidatar

Eu não creio no Deus desse tal de Jesus Cristo e por isso sou parlamentar brasileiro. Odeio essa coitada Maria de carne e osso que a terra já comeu, idolatrada por um bando de ignorantes, abomino e por isso sou pastor evangélico.

Acho ultrapassado esse velho e irritante cristianismo da igualdade, da pobreza e do amor fraternal entre todos os homens, mulheres, raças, comportamentos e opções que esse judeuzinho, condenado por Roma, pregou para todos. Por isso sou parlamentar e pastor evangélico.

Gosto e defendo a riqueza, as diferenças de classes e o luxo excessivo que o Brasil pode me oferecer. Sei que a vida acaba aqui e tenho que gozar a prosperidade e o dinheiro. E por isso sou pastor e parlamentar.

Não me identifico com a paz e por isso prego gritando como gritando a Baal a salvação na qual finjo acreditar. Assim transmito aos bobos da assembleia que a riqueza e suas posses são possíveis me darem.

Sou inteligente o máximo e por isso sei que não há salvação, tenho mesmo é que aproveitar a chance de ficar rico aqui nesse país abençoado. Porém, sei também, se houver Deus, não será o desse Jesus Cristo, mas será o Deus do preconceito, da prosperidade, da desigualdade e Ele mora pertinho de mim. Sinto-o em mim e sei que minha grande conta na Suíça foi presente desse Deus que Jesus disfarçou e disse ser Deus do Amor.

Sei que esse Deus é fiel e dane-se o povo brasileiro a quem represento com juramento constitucional e sobre a Bíblia deposito meu gesto de fé. Creio que Deus já me salvou, prova disso é minha conta bancária e minhas propriedades fundiárias, minhas mansões, meus carros importados, minhas emissoras. Por isso, em nome de Deus em quem finjo acreditar e no qual todos creem, sou parlamentar, senador, governador, vereador e prefeitável. Sou pastor abençoado.

Sou filho de Deus e vejo o Brasil como gente de ativos para me dar. Ativo é minha crença e dinheiro o meu credo. Isso é ser divino e abençoado. Oh bênção! Glória. E o povo não vai pensar porque em nome de Jesus "tá amarrado"! 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O Brasil, este país


Nossa terra brasileira que tem sua capital federal criada a partir de inspiração "salesiana", certamente isso sim, pode justificar a mudança desta, do Rio de Janeiro, para o Planalto Central. Por que sonho salesiano? Porque foi João Bosco, o Santo, quem sonhou com essa mudança da capital do Brasil, D. Bosco que viveu 1815-1888, Itália, foi o primeiro a arquitetar a mudança da cidade. Depois por vários decretos federais e, posteriormente, José de Assis, na época deputado por Goiás tentou indicar um local, hoje Jataí-GO, para o erguimento da Novacap, mas só em 1956, JK que já não quis morar no Palácio do Catete e se mudou para o da Laranjeiras, sob o preconceito do suicídio de Vargas, lançou  a pedra fundamental de Brasília.

O Sonho, para Jung (1875-1961), o pai da Psicologia Analítica, é considerado como comunicação do inconsciente. Criando os arquétipos para explicar e justificar ou entender a psique humana, sugere a análise dos sonhos que explicam uma etapa do processo de individuação no psicoterapêutico, vez que o sonho traz elementos inconscientes à consciência e segundo o mesmo teórico, o sonho possui três funções. Nesse aspecto, Brasília responde a uma comunicação arquetípica. Que simbologia tem essa capital, hoje símbolo do máximo poder da corrupção e da sub ética brasileira, em nosso inconsciente coletivo de sociedade nacional?

Mas este país tem uma história perturbadora. Possui leis inefetivas e um parlamento que envergonha qualquer nação por mais perturbadora que seja em sua gênese social. Aqui tudo é simples: os cofres públicos são abarrotados de dinheiro da produção social, os "caras" que são postos e escolhidos como parlamentares roubam e depois renunciam e continuam ricos e poderosos com o dinheiro roubado da sociedade. Nada acontece. A sociedade continua, parte pelas calçadas, parte na droga, parte na escravidão trabalhadora e o empresariado escravo da escravidão trabalhista, parte desempregada e todas as partes sem perspectiva digna aí, muitas partes se metem no mundo do crime. A Renda é má distribuída, ou melhor, nada distribuído, mas a renda é concentrada: perde a educação, perde a saúde, perde a cultura em prol dessa concentração de renda, toda a culpa está no todo: Estado e Sociedade, mas a máxima culpa é do parlamento sub ético que aproveita da ignorância do povo para tripudiar, em vez de legislar em prol do bem comum.

É preciso cultura: cultura como leitura de livros fora da escola formal. Sem leitura o Brasil não caminha rumo à consciência coletiva e sem isso fica no berço esplêndido da ilusão e da subjetividade de tradição.

Não adianta reclamar. Quer mudar? Comece a devorar livros, mas livros que propõem consciência e não aqueles feitos por pessoas que querem impor sua psicose através de sua subjetividade tendenciosa. Livros medíocres, deixai-os passar direto ao lixo. A leitura é necessária para que nossos sonhos sejam compreendidos, apreendidos e nos ajudem a viver conscientes de nossa coletividade.



quarta-feira, 13 de julho de 2016

O pensamento psicológico brasileiro

O que temos no Brasil hoje é, fruto de um percurso histórico psico-antropológico longo, porém lento de conscientização ausente de consciência, uma subjetividade de projeção. A postura de raciocínio e modo de pensar do brasileiro se subjugam a duas polaridades não complementares, mas oponentes: uns opinando contra os outros e cada qual defendendo seu próprio nariz, mas ninguém pensando no coletivo. Afinal, em analogia à psicologia junguiana direita e esquerda no Brasil representam um a sombra do outro e, mais patológico ainda, é sentir que a sociedade se posiciona contra a não sei o que, apenas para defender seu pequeno ou grande bolo também e o parlamento, sem nexo e sem ética, todo comprometido com sua própria saúde mental em nível individual e coletivo, se põe, se posiciona e se opõe à sociedade.

Uma perversidade na mentalidade e no comportamento social do brasileiro oriunda de sua crença em um cristianismo que deixou de ser modelo ético. Ninguém escapa. A corrupção domina esquerda e direita. A corrupção atinge todos os poderes. O Congresso é o mais comprometido e todos como diz Luci Dias, "porcos", porcos - digo eu - defendendo porcos? Porcos de esquerda e porcos de direita. Porcos que só defendem a própria lavagem. Porcos não distinguem o prato de sua merda que cai na própria comida. Isso é o que vemos no cenário político do Brasil. A pocilga do planalto que os parlamentares mesmo o tornaram.

Sem termos educação, saúde, salários dignos e mais que isso, o fundamental não temos, consciência. Sem termos consciência coletiva ficamos todos afogados no oceano da subjetividade, da imoralidade e da sub ética brasileira. Somos a vergonha perante as outras nações do mundo inteiro. temos um parlamento doentio, psicopatológico. Somos uma nação por natureza rica, mas explorada e quase ninguém tem noção do sagrado porque se tivessem noção de sagrado, de Deus, não seríamos e não teríamos parlamentares e autoridades constituídas comprometidas com o crime e com a falta de pudor, de amor e de consciência. Se os parlamentares - isso é regra - não escapa um, tivessem noção de ética do cristianismo simbolizada em Gn 3,5, certamente conheceriam a graça e a divindade e não se comportariam como Cunha e todos os que - em vez de representarem, deformam  a sociedade e a moral brasileira e nessa onda vão também aqueles e todos os que usam a Bíblia para dizer o que ela não diz e, assim, deformam o cristianismo para justificar suas doenças mentais através de suas novas crenças patologizadas.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O  Ego do Congresso Nacional, o Corpo Fantasmático da Democracia Brasileira no Sujeito Social Objetado Parcial, o Centro periférico da Cidadania e da Pseudo Moral Ética na Relação Parental da Sociedade do Brasil


                                                                                                                      Por João Lira*


Utilizo-me da autoridade da Filosofia que me compete e, enquanto filósofo, vou me ocupar aqui em fazer uma rápida análise metapsicológica do momento histórico atual, o qual se passa no Brasil.
Este país encolhe 30 anos de evolução da consciência e protagonismo social em detrimento da economia de liberdade e autonomia, isso significa uma sintomatização na psique social do Brasil. Caminha para trás, regredir é sinal de doença mental. É um comprometimento sério e, se não tomarmos cuidado, irreversível em âmbito coletivo. Considerando o suporte científico do Tratado Brasil Santa Sé (2010) e exame.com (2010), valho-me deste conteúdo acerca da religiosidade no país para concluir que 38% da população brasileira estar obinubilada – o que é também alarmante quando se trata de pessoas de nível superior fanatizadas por um espírito acrítico em relação ao fundamentalismo evangélico que hipinotiza, manipula e aliena, extraíndo o bom senso e a função psíquica da intuição. As pessoas se tornam em seu quadro cognitivo e emocional em desvantagem frente a pessoas não fundamentalistas, isto é, não evangélicas. Procuro uma razão para isso, uma leitura metapsicológica desse fenômeno atual, pode nos aproximar do quadro de uma compreensão próxima dessa objetividade fenomenal.
Embora nunca tenha havido exercícios plenos da cidadania entre a nação brasileira porque uma população humana sempre serviçal e obrigada ao voto imoral e à tributação vergonhosa, não é livre; uma prática política que fere a economia de liberdade e da vida social brasileira em sua totalidade é, sem dúvida, escravocrata! Uma nação entregue à irresponsabilidade administrativa das autoridades dos poderes constituídos que rechaçam a educação e inibem a consciência crítica não é de um país livre! Agora, porém, o que se passa é um reflexo da mãe sociedade que elaborou uma cria – o parlamento brasileiro – sequestrador da democracia, da liberdade e da autonomia da sociedade brasileira, em tese, sua mãe legítima e biológica. Esta é uma relação parental que tento resumir o complexo de sintomas que se fixa na sociedade brasileira no atual momento histórico e político vivido por nós cidadãos civis e, reféns da insanidade mental do parlamento brasileiro.
O parlamento nacional é um filho da sociedade que herdou características psíquicas de sua mãe biológica, a sociedade brasileira. Cuja mãe sofreu o luto no parto ao parir um parlamento pelo voto direto nas urnas da democracia parcial, após o regime militar frisado, no ano que não terminou, 1968, como fruto de uma gestação indesejada, o regime de escravidão e uma gravidez concebida a estupros do invasor europeu, inconsequente e violento já tomado pelo espírito fragmentado/esquizofrênico da proliferação da religião vigente e nascente, a religiosidade sem sagrado. O que deformou a psique e vai adoecendo o corpo social nesse seu imaginado engodo de significado da teologia da prosperidade, autoafirmação do capitalismo pós-industrial e moderno. Esse filho nascido de uma mãe violentada e nacisista teve caracteres psicóticos, produzindo o parlamento brasileiro, cuja mãe não aceitou plenamente sua liberdade e pariu-o com sintomas de luto. Motivo pelo qual a religiosidade como fanatismo consegue convencer e resolver os conflitos individuais e sociais porque aliena e obinubila o sujeito objetado, o povo. Esse filho, o parlamento brasileiro deseja como deseja o psicótico em seus traços de personalidade, um matricida, matar a própria mãe, a sociedade brasileira humilhada pelo fanatismo do fundamentalismo a caminho do irreversível.  Pois, para o psicótico não existe lei. Ele é a própria lei, tal qual o comportamento do parlamento brasileiro que legisla como se fosse a lei, traços de psicose. Assim como, inconscientemente, a mãe de um psicótico se acha a própria lei, em sua subjetividade de mãe super protetora, protege com exageros excessivos sua cria, possibilitando condições favoráveis ao desenvolvimento da doença mental, a psicose sobre os parlamentares brasileiros. Isso vemos, - qualquer um que não tenha cognição prejudicada, - no Congresso Nacional em estatisticamente, 80%, marcados em sua psique com sintomas profundos de psicose.
A falta de leitura do brasileiro incondicional para a sabedoria que liberta – como diz Cícero (2012) – o torna inconsciente e incapaz de raciocinar criticamente; sem a leitura não se é capaz de pensar, mas apenas de opinar e julgar que são elementos inconscientes, sintomáticos e pertences à realidade irreal, a subjetividade porque quando a subjetividade vai além de manter a integridade individual e desfaz do Outro, essa é a linguagem que expressa toda e qualquer doença, revela o ego doente, caso específico do ego do parlamento brasileiro. Essa falta de leitura é o vácuo que produz a incapacidade da legitimidade do voto direto em atenção à formação do filho psicótico; repito: o parlamento brasileiro. Esse voto obrigatório da sociedade é o parto inaceito, revoltante da sociedade que vota por obrigatoriedade, é o parto de luto, portanto, o parto psicótico, gerando um parlamento doente em seus últimos graus de loucura: cretino, imbecil e idiota, termos já desusados, mas tão presentes e empíricos no Congresso Nacional. Já se demonstrou com clareza quem é a mãe do psicótico e quem é o filho psicótico e a consequência da relação amorosa ou prazerosa entre mãe e filho que, simbólica e similarmente, acontece no Congresso Brasileiro entre a Relação Congresso e Sociedade Civil do Brasil.
Assim exposto, o Parlamento brasileiro emite sinais de psicose em seu comportamento político porque enxerga, no se olhar ao espelho, ou seja, à Constituição e à mentalidade social, um corpo imaginado pela mãe e não por si mesmo; a mãe presente nas minorias: homossexualidade, negritude, religiões afro-brasileiras, mulheres etc, que são expresões do inconsciente, ameaça contra o ego do parlamento, em outras palavras, sufocadoras desse psicótico, o Congresso Nacional.
Desse modo, ao olhar-se no espelho, o parlamento não vê sua própria imagem autônoma, livre e resolvida, mas enxerga uma imagem não imaginada por ele; o impulso é reagir e impor sua autoimagem idealizada do narcisismo herdado da mãe sociedade. O parlamento, portanto, ao olhar a lei, não a enxerga e se julga, subjetiva e esquizofrenicamente, a própria lei, cujo sintoma psicótico é marcado na relação sociedade/parlamento pela ausência da leitura crítica e extensiva, ausência de criticidade coletiva, ausência de bom senso, presença de incapacidade situacional e posicional de raciocínio crítico e consciente, incapacidade de teorização, volubilidade para perda promissora de representação simbólica; dada à realidade relacional entre mãe e filho, a sociedade, para o parlamento, é sua antítese e o objeto de desejo do Congresso é o sucesso e o sucesso é excludente porque só um lado se beneficia, ele mesmo em detrimento letárgico do Outro lado, a sociedade simbolicamente representada na relação mãe e filho no suporte escondido ou sombreado da teologia da prosperidade.
Se o Congresso enxerga a sociedade como sua antítese e adversária esta, todavia, o ver enquanto prolongamento narcisista e interfere inconscientemente no seu Ego; o parlamento utilizando desse traço, o faz em mecanismo de defesa em favor de sua psicose ascendente, mais uma vez comparece a teologia da prosperidade que é, com fundamentos teológicos e metapsicológicos, o corpo fantasmagórico/fantasmático da sociedade, hoje, em 38%, representada pela população evangélica obinubilada pelo discurso psicótico dos líderes das “igrejas”, fruto do narcisismo materno. Corpo fantasmático que, segundo Katz (et al, 1979) o descreve como: “Aquele que ao nível do inconsciente, é a representação corporal do ego, cada vez que o sujeito, descobrindo-se suporte de um desejo, arrisca, se ele o assume, reencontrar o Outro que, no desejo, só pode responder como agente de castração”. A libido da nação brasileira pelo desejo da desonestidade projetou inconscientemente, o parlamento como prolongamento de seu ego materno, o narcisisimo social e, agora, é hora de pagar a conta, o filho psicótico, Congresso Nacional, transforma a sociedade em refém e aplica-lhe o desejo letárgico da fragmentação representada – isso é regra e não exceção – na esquizofrenia do fundamentalismo evangélico como suporte de manutenção e segurança de autoafirmação fálica do parlamento brasileiro - inconsciente e sem presença de morbidade, este sujeito objetado parcial, a comunidade de evangélicos, legitima ao Congresso Nacional, a sombra da bancada evangélica de deputados cretinos, a responsabilidade oculta de sequestradora da liberdade, da fraternidade e da igualdade da vida brasileira.
Assim se faz a história do Brasil, nesse momento como em todos, pela lei metapsicológica porque a sociedade brasileira tendo, por essa lei natural, rompida a placenta social pariu, pelo voto negado no período escravocrata e ditatorial, um parto assim de luto, o ego psicótico, porque segundo Katz (op cit), o parto de luto produz o ego psicótico, este, metafórica e empiricamente, é o ego do Congresso Nacional, sinalizado pela psicose de lideranças evangélicas. Razão pela qual, se no período colonial/imperial e ditatorial éramos uma sociedade civil construída de pedaços, hoje somos, com o comportamento psicótico do ego do parlamento brasileiro, uma sociedade despedaçada, cujo ego recebe os sintomas da sombra, a teologia da prosperidade que produz pelo desejo exacerbado, pela distorção da Bíblia, pela intolerância religiosa, pela homofobia, a doença mental do parlamento.
O objetado parcial do sujeito social e, portanto de uma moral sem ética, é a teologia da prosperidade enquanto corpo fatasmático da realização do desejo como alimento vermífugo do social, na ausência de morbidade dos líderes evangélicos que, psicotizados, obinubilam a população, hoje, em 38% do povo evangélico sem consciência de morbidade cognitiva. Esse afeto fatal atinge o inconsciente pessoal e coletivo, cito Jung (2012), da sociedade brasileira por meio da Bíblia - que é, empiricamente e, portanto, parte de uma verdade empírica é verdade soberana e mais que também, lógica – instrumento de prazer oral e anal do ego do parlamento; significando assim no significante Bíblia, e no seu conteúdo literal de livro sagrado utilizado como objeto fálico e, por isso, excluem-se Maria da relação parental do Cristianismo, substituindo-A pela teologia da prosperidade que é corpo fantasmático da democracia social. Excluindo-se Maria do cristianismo, excluem-se as minorias porque Maria representa minoria – Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora disso e daquilo, ou seja, de eventos que sinalizam, isoladamente um apelo de consciência ao mundo – excluem-se as mulheres, via de regra, Exma Dilma uma agente do feminino fazendo exercícios do poder público do Estado, excluem-se as vaginas e tudo aquilo que elas representam como poder e influência social e dessucesso do fálico da bancada evangélica e de influência da teologia da prosperidade, cuja influência de ego psicótico do parlamento só é possível mediante 1) a obstinação do fanático do fundamentalismo da religiosidade e 2) sem a presença da vagina, mas do monopólio absoluto do fálico. As “pastoras” ou mulheres líderes de “igrejas” evangélicas são absolutamente, mulheres fálicas.
Essa verdade histórica e empírica transforma a mãe sociedade em presa do ediondo comportamento do ego do filho psicótico simbolizado na miséria espiritual – novamente, cito Jung (2012) e Gadamer (2001) - do discurso psicótico da religiosidade fundamentalista confundida e migrada para o Congresso Nacional, cuja dinâmica arbitrária ao evangelho do cristianismo, provoca a perda da capidade simbólica dos obinubilados da sociedade brasileira. Isso é o que nomeamos enquanto sujeito objetado parcial, porque, a teologia política – cito Geertz (2012) é a tendência representativa de causa final da soberania do poder num Estado de religiosidade, em termos empíricos da lei psicológica, definimos como castração do social e um estado social do Estado Soberano de fatalidade, cito Jung (2012); assim, o parlamento psicótico no  Brasil pratica a castração da sociedade pelo corpo fantasmático da democracia do país e, segundo inferimos de Katz (op cit) que esse parlamento estabelece um plano político narcisista: 1. O rebaixamento da consciência – extrai pela falsa hipinose e estímulo resposta a capacidade crítica do povo presente nas minorias e no povo evangélico obinubilado nos centros dominantes, cito Geertz (2012). 2. Inspira o complexo de inferioridade do povo e das minorias no engodo do discurso da teologia da prosperidade e o rechaço das novas modalidades de família, expresso na doença denominada de homofobia gritada pelo ego do parlamento, tanto quanto a expulsão do feminino fálico da líder mor do executivo brasileiro. 3. Torna a Bíblia como instrumento de intimidação e espírito tímido do povo/sociedade, manipulando a teologia e dizendo que isso é cristianismo. Atacando a democracia na deformação da psique da sociedade brasileira, dessacralizando as funções psíquicas das pessoas povo/sociedade, transformando-as em pastas e resíduos humanos, cito Papa Francisco (2015), todo o povo brasileiro; esse desejo narcisista é o que está gerando o crescimento da demanda evangélica no engodo da teologia da prosperidade e, como consequência um estado nazista se instala, fruto desse déficit psíquico nessa relação parental, falta de leitura da população.
Nessa relação parental congresso/sociedade, haja vista a operacionalidade e efeito da autoridade psicótica que não se vê como doente, mas como autoridade e se impõe, como Hitller, como Agripa, como Antipas – a quem Jesus o chamou de Raposa – e essa demanda sintomática precisa de um lugar físico para se desenvolver e estabelecer-se como absoluta sobre os dominados. A população evangélica é uma classe dominada sem condições de juízo crítico e bom senso para reagir contra a maldade dos seus líderes hoje psicotizando o Congresso Nacional para chegar ao estabelecimento da teologia política.
A religiosidade – evangélica - uma ferramenta para construir o sujeito objetado que é diferente do ego psicotizado. A teologia da prosperidade é apenas um estágio, por trás de si, a finalidade é o estabelecimento de uma teologia política, Geertz (2012). E essa demanda de como fazer a Bíblia instrumento para se produzir e  manter uma nova classe dominada é produto de laboratório exógeno do caráter de influência religiosa no poder político de centros dominantes, Geertz (op cit) nos Estados Unidos no ano de 1906. Estou falando de Fox e Saymon no avivamento de Los Angeles e Kansas e Huston. Ou seja, os evangélicos no Brasil nasceram da ideia comportamental artificial intencional, visando o Brasil como terra de novo estamento social, nova colonização política nos Estados Unidos com o avivamento e, este ingrediente, integra o terceiro segredo de Fátima numa analogia à psicologia junguiana quando que, a sombra no cristianismo, desestabiliza o ego da personalidade, tornando-a sintomatizada pelos complexos esquizofrênicos, isto é, paranóides. Por complexos tomo a definição de Jung, aquele conceito mais conciso para se entender o sintoma do Congresso Nacional, cujo comportamento é, parental e psíquico, está numa relação psicológica profunda com a psique nacional. Segundo Jung (2012) complexo é uma carga emocional que gira em torno de um núcleo arquetípico, dado complexo quando ativado, explode a emoção e o sintoma se manifesta na personalidade porque atingiu e desestabilizou o ego da consciência.
A teologia política redefine a sociedade enquanto novas classes dominates e a que nome podemos conceituar as igrejas das esquinas do Brasil, senão, mais adequado ontologicamente possível na mente humana, é o nome de, em vez de igreja, estamentos que redeagramam a sociedade em novos outros dominanados e dominantes. Este motivo é o que esclarece a relação do evento de 1917 com a fundação do protestantismo a que Jung diz que a partir daí,  então, - palavras de Jung “desde a Revolução Francesa”, digo e consequente o surgimento social da maçonaria, “o cristianismo entrou em colapso”. Acrescenta Jung, “se o protestantismo continuar se proliferando em inúmeras denominações, o futuro é incerto”. Esse futuro incerto de que fala Jung, calha na teologia interpretativa geertziana. O momento atual no Brasil é nada menos, nada mais que isso: um golpe contra o cristianismo - religião universal - e, naturalmente, contra aplenitude da vida – Jesus  -, contra a existência da relação inconsciente/consciência, sociedade brasileira, mãe do parlamento psicotizado, o PT está no lugar de - um ativador do complexo - desse ego psicótico do Congresso Nacional e, a democracia é o arquétipo dessa sombra que reveste o parlamento brasileiro, a teologia da política é o golpe fatal e nacional, pois agora está apenas o sujeito parcial, a teologia da prosperidade em sua indumentária como corpo fantasmático.
A relação com o terceiro segredo de Fátima não está evidente, mas implícita no enunciado do conteúdo do segredo quando, revelado. O demônio se infiltrará no Cristianismo porque ele quer atingir e destruir a Igreja do meu filho, diz Maria. O avivamento de Los Angeles foi a origem e o lançamento da pedra fundamental para fortalecer a observação de Weber (1990) A ética protestante e o espírito do capitalismo, essa sombra anexa ao cristianismo que é simbólica, a diabólica do demônio, ou seja, abafamento do inconsciente pela liderança de evangélicos que obinubilam o crente; o Brasil, portanto, sendo um país mais frágil devido ao analfabetismo  posicional e circusntancial da população, a relação parental sociedade/parlamento na psique brasileira possui  o Cristianismo mais fraco, favorecimento para ser o alvo, desde 1906, Parham, da teologia política para novos estamentos sociais. Esta é a evidente relação com o terceiro segredo de Fátima que a TdL (teologia da libertação) uma vez banida, fortaleceu a TdP (teologia da prosperidade) para uma TdP (teologia da política). A bancada evangélica é uma hierarquia dessas, - em analogia junguiana – sombra que paira sobre o ego do Congresso Nacional, querendo psicotizar a sociedade e estabelecer a teologia política que traz em si o nazismo pela destruição do cristianismo, já dizia Cristo, Lc 13,31-35  ao descendente da criação da maçonaria Agripa, Herodes Antipas, inimigo do cristianismo antes mesmo que ele surgisse. Cristo como fundamento da Igreja já antecipou essa verdade empírica que, em 1978, Maria a completou em Fátima. E na história, a sucessão de hierarquias: a sombra/serpente no Gênesis 3,15 em luta com a personalidade do cristianismo, (Maria), Jesus sendo expulso do território de Antipas (Lc 13, 31ss) a cujo rei, Jesus - humildemente, embora sendo Deus, pede paciência que estará deixando o seu território e - o compara à raposa que é um animal mais propício de simbolizar o nazismo porque tortura a presa, a surpreende, e se alimenta dos melhores alimentos e esse mesmo animal pode ser comparado aos líderes evangélicos – segundo Geertz, - líderes “dos centros dominantes” entre a sociedade; ao protestantismo, ao avivamento e, ao efeito cauda do demônio – em Jung – sombra que psicotiza o ego do congresso nacional como já nomeamos ao longo de nossa exposição.
            Dado o exposto, a grande ocupação dos empreendedores do que está evidente nomeado de golpe é a implementação em solo brasileiro da Teologia Política que governará o país; para que isso seja possível é necessário golpear e destruir o Cristianismo, esse é o papel fundamental das lideranças de falsos pastores do avivamento que, em sentido lato, é o próprio demônio infiltrado na Igreja de Cristo. Finalmente, meu apelo se faz diante de que a Igreja pode fazer força diretamente não em posição partidária, mas em defesa e fortalecimento do cristianismo, hoje minado pelas correntes “evangélicas” que destroem a intuição e a psique humana da sociedade brasileira - fundamento meu pensamento me apoiando em Jung.

*João Lira, ex-professor da Rede Pública Estadual de Goiás, ex-professor convidado da PUC-GO e outras instituições de ensino superior no mesmo estado. Possui mestrado em Ciências da Religião – CRE e Licenciatura em Filosofia, ambos pela mesma universidade onde foi professor convidado. Especialista em Psicologia Junguiana – Psicoterapeuta pelo Ijep-Facis, Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo. Graduando em Teologia pela Uninter/PR, graduando em Psicologia Clínica pela UCL/RJ, mestrando em Direito Canônico – PISDC-RJ/PUG-Roma.

Referências:

Francisco, papa. A alegria do Evangelho (Evangelii Gaudium – exortação apostólica), Libraria Editrice Vaticana. Reimpressão – 2013 - São Paulo: Paulinas, 2014.
Gadamer, Hans-Georg. Estética y hermenéutica. Trad. Antonio Gómez Ramos. Madrid: Tecnos/Alianza, 2006.
Jung, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo, 9/1 – Trad. Maria Luiza Appy e Dora Mariana R. Ferreira da Silva. 9ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
_____. Aion. Estudo sobre o simbolismo do si-mesmo. 9/2. Trad, de Dom Mateus Ramalho Rocha. Petrópolis: Vozes, 2012.
_____. Psicologia e Religião. 11/1. Trad de Dom Mateus Ramalho Rocha. Petrópolis: Vozes, 2012.
Geertz, Clifford. O saber local – novos desafios em antropologia interpretativa. Trad. Vera Joscelyne.Col. Antropologia. Petrópolis: Vozes, 2012.
Weber. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo: Abril, 1990.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/.../D7107.htm
www.exame.abril.com.br